O que há de comum entre a antiga Lava Jato e a operação da Polícia Federal que apura compra de votos na Paraíba

Ação de hoje mira crimes como lavagem de dinheiro, compra de votos e caixa dois

A Polícia Federal. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Federal cumpriu hoje quatro mandados de busca e apreensão em Campina Grande. A investigação apura crimes como lavagem de dinheiro, caixa dois e compra de votos nas eleições do ano passado e é um desdobramento de um fato ocorrido às vésperas do primeiro turno.

Há, nesse caso, algo comum entre o início das investigações e a antiga Operação Lava Jato: o acaso.

No caso da Lava Jato, o novelo começou a ser desfeito numa apuração sem muitas pretensões de uma casa de câmbio em um posto de gasolina. A partir disso chegou-se a dezenas de parlamentares, grandes empresários e ao ex-presidente Lula.

Já a investigação da PF paraibana teve início em um acidente de carro, no Sertão. No veículo estavam R$ 173 mil e material de campanha. Durante a abordagem policial o material foi descoberto.

Daí por diante mais duas fases da investigação já foram executadas. Em uma delas mandados judiciais foram cumpridos em João Pessoa, São José do Sabugi e Teixeira. 

A investigação paraibana, ao que tudo indica, ainda está em uma fase inicial. Os nomes dos alvos, por exemplo, ainda são sigilosos. Mas há uma sinalização interessante. A continuidade das ordens judiciais, de outubro até hoje, sinalizam que mais episódios podem estar na mira dos investigadores.

O caso merece atenção total. Como aconteceu na antiga Lava Jato, um acidente sem gravidade poderá resultar em algo bem maior. O acaso, às vezes, faz isso.