PLENO PODER
PSD e MDB enfrentam um mesmo risco na Paraíba: o da desunião em 2022
Projetos de Romero e de Veneziano podem ter resistências internas em 2022
Publicado em 07/12/2021 às 18:51
O enredo político dos últimos meses, na Paraíba, indica que pelo menos dois partidos chegarão 'rachados' no processo eleitoral de 2022. O PSD, liderado pelo ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues; e o MDB, comandado no Estado pelo senador Veneziano Vital.
É que os principais atores das duas legendas devem adotar rumos diferentes em torno do projeto de reeleição do governador João Azevêdo (Cidadania).
No PSD, por exemplo, enquanto Romero tem aceitado o desembarque de aliados das hostes oposicionistas, o prefeito Bruno Cunha Lima já avisou que continuará no bloco, ao lado do PSDB e de outras legendas que fazem oposição ao Governo.
Já no MDB a fissura iminente pode separar Veneziano do grupo liderado pelo ex-governador Roberto Paulino. Enquanto o primeiro não desestimula a possibilidade de uma candidatura própria, o time 'Paulino' deixa claro que continuará com Azevêdo - independente do cenário.
E há razões óbvias nisso.
As particularidades locais, em Campina e Guarabira, dificultam um movimento de Bruno Cunha Lima na direção do Governo e uma ruptura de Paulino com Azevêdo, em Guarabira. A manutenção das posições, para os dois, parece significar a alternativa mais lógica nesse momento.
Por outro lado, Veneziano e Romero estão diante de um outro horizonte.
O emedebista enxerga com desconfiança a possibilidade de ficar sem espaço na chapa de Azevêdo e Romero busca independência em um caminho 'solo', sem a curatela do grupo Cunha Lima.
Sob o discurso de fortalecimento das duas legendas, os dois tentam reunir o maior número de partidários em torno de seus projetos, mas um esfacelamento parece cada vez mais próximo. É possível que, formalmente, os interesses adversos continuem nas mesmas siglas, mas dificilmente estarão unidos sob a mesma bandeira.
A ruptura, nas urnas de 2022, caminha perto dos dois partidos.
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