PLENO PODER
Queiroga tenta fazer 211 milhões usarem máscaras, mas admite não convencer presidente
Paraibano está sendo ouvido hoje, pela segunda vez, pela CPI da Covid
Publicado em 08/06/2021 às 12:09 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:46
O Brasil possui hoje, conforme o IBGE, mais de 211 milhões de habitantes. Todos vivendo, desde o ano passado, os efeitos catastróficos provocados pela pandemia. No comando do Ministério da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga tem defendido o uso de máscaras como medida preventiva para diminuir a transmissão da covid-19.
A defesa, aliás, é ponto praticamente pacífico entre as autoridades de saúde de todo o mundo.
Defendeu isso na primeira vez em que esteve na CPI da Covid, no Congresso Nacional, e voltou a defender hoje pela manhã, em seu segundo depoimento.
Mas dessa vez o paraibano teve que admitir. Ele tem estimulado o uso de máscaras para 211 milhões de brasileiros, mas não consegue convencer o próprio 'chefe', o presidente da República Jair Bolsonaro.
"Tenho uma determinação pessoal em recomendá-las (as máscaras). E essa recomendação é para todos os brasileiros, sem exceção. Mas não me compete julgar os atos do presidente. É um ato individual. Já conversei com o presidente sobre esse assunto. Quando ele está comigo, na grande maioria das vezes, ele usa máscara. Eu procuro fazer minha parte", disse Queiroga aos senadores.
Durante o depoimento os senadores exibiram vídeos em que o presidente aparece participando de aglomerações e sem máscaras.
Assista ao vídeo
O problema é que, não convencendo o presidente, a recomendação (para uso de máscara) do ministro perde força diante da opinião pública.
Após a resposta de Queiroga, o presidente da CPI, senador Omar Aziz, resumiu tudo: "é constrangedor. Como o senhor pode convencer aos outros se não consegue convencer quem lhe nomeou?".
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