PLENO PODER
Realista sobre PAC, Damião Feliciano diz que Lula "está devendo" à Paraíba
Damião Feliciano coordena a bancada federal no Congresso
Publicado em 14/08/2023 às 10:57
Coordenador da bancada federal paraibana no Congresso Nacional, o deputado Damião Feliciano (União) tem sido realista. Admite que o montante de recursos disponibilizado no novo PAC para a Paraíba, anunciado pelo Governo Lula (PT), é pequeno - quando comparado aos demais Estados brasileiros.
"Defendo Lula porque sou da base dele, mas acho que o Governo Lula está devendo à Paraíba. A Paraíba ajudou a eleger o presidente e quando a gente observa somente essa quantidade de recursos, tenho a altivez de dizer", disparou.
Para a Paraíba o Governo Federal anunciou R$ 36,8 bilhões em investimentos. Ficamos com bem menos que os demais Estados do Nordeste, por exemplo.
- Sergipe: R$ 136,6 bilhões;
- Bahia: R$ 119,4 bilhões;
- Maranhão: R$ 93,9 bilhões;
- Pernambuco: R$ 91,9 bilhões
- Ceará: R$73,2 bilhões;
- Piauí: R$ 56,6 bilhões;
- Alagoas: R$ 47 bilhões;
- Rio Grande do Norte: R$ 45,1 bilhões
A 'cota' destinada ao Estado é maior apenas do que os recursos prometidos para outros quatro Estados brasileiros: Roraima, Rondônia, Acre e Amapá.
Outra visão
O governador João Azevêdo (PSB), contudo, tem outra avaliação. Ele ressaltou que o Governo do Estado emplacou 11 obras das 12 pleiteadas. Entre elas o Hospital de Trauma do Sertão, o Arco Metropolitano de João Pessoa, o Terceiro Eixo da Transposição (Ramal Piancó) e a duplicação da BR-230 em direção ao Sertão.
"A leitura às vezes é equivocada. O PAC lançado juntou todas as obras paradas do PAC I, PAC II. As pessoas se preocupam muito com a comparação", assinalou Azevêdo, acrescentando que alguns Estados têm um volume de obras paralisadas maior e por isso estariam com mais recursos incluídos.
Fato
É impossível não comparar. O volume de recursos dos demais Estado precisa servir de parâmetro. É urgente ter uma postura de mais cobrança junto ao Governo Federal. A bancada federal do Estado, que ocupa espaços generosos em diversos níveis, precisa atuar unida para ampliar a 'fatia' do bolo destinada ao Estado. Algo que, até agora, não foi feito.
Entre a parcimônia discursiva de João Azevêdo e o realismo de Damião, é preferível manter o segundo discurso.
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