POLÍTICA
Prefeito ameaça 'entregar' a PMCG
Romero lamentou bloqueios de recursos e disse que programação financeira e orçamentária está impraticável em Campina Grande.
Publicado em 06/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 12:11
Se não conseguir na Justiça suspender o bloqueio total dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o prefeito Romero Rodrigues admitiu entregar as chaves da PMCG ao Tesouro Nacional.
Ele lamentou que em uma semana foi feito um bloqueio de R$ 1,85 milhão e outro de R$ 249 mil. “A escalada de bloqueios de forma aleatória e sem critério está tornando impraticável qualquer programação financeira ou orçamentária.
“Se agora o governo federal, por meio do Tesouro Nacional e o Banco do Brasil, decidir que eu vou ter que pagar mais R$ 150 milhões de dívidas passadas, na nossa gestão, eu não vou ter nada na conta da prefeitura. Aí eu vou fazer a cópia da chave, ficar com ela e entregar a original para o Tesouro Nacional administrar o município”, desabafou Romero.
Com os sequestros sucessivos, o prefeito acrescentou que não terá condições de pagar a folha, cumprir obrigações na saúde, educação e na limpeza urbana que tem um custo diário. “Eu não estou colocando nem o São João, que é secundário. Primeiro lugar, priorizo o pagamento do servidor que tem uma família para sustentar”, disse Romero.
Amanhã, o juiz da 4ª Vara Federal, Gustavo de Paiva Gadelha, deve decidir sobre a ação cautelar impetrada pela prefeitura de Campina Grande que pede o desbloqueio de R$ 1,85 milhão após receber a contestação do governo federal e do Banco do Brasil. O magistrado deu o prazo de 72 horas para que a União e a instituição bancária se manifestem sobre a ação da PMCG.
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