POLÍTICA
Prefeitos assinam manifesto e reclamam de congelamento de recursos federais
Gestores dizem que Governo Federal tem 'travado' liberação de recursos.
Publicado em 24/05/2019 às 14:12 | Atualizado em 25/05/2019 às 16:04
Prefeitos, vereadores e vice-prefeitos de 210 municípios paraibanos assinaram, nesta sexta-feira (24), um manifesto em defesa da PEC 56/2019, apensada à PEC 376/2009, que propõe uma eleição única em 2022. A adesão aconteceu durante ato realizado pela Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), em Campina Grande. Durante o evento, que contou com a participação de senadores, deputados federais e estaduais, os gestores reclamaram do congelamento de recursos por parte do Governo Federal.
A proposta de unificar as eleições já recebeu o parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Valtenir Pereira (MDB-MT), e aguarda a votação para seguir ao plenário. Na defesa da proposta, o presidente da Famup, George Coelho, destacou as dificuldades enfrentadas pelos municípios.
“Aqui na Paraíba decidimos fazer esse movimento, pois sabemos que eleições de dois em dois anos atrapalha principalmente as gestões. Nós prefeitos somos obrigados a parar, ficamos sem poder realizar convênios, fazer licitações e até de receber uma emenda parlamentar”, comentou o gestor. Ele também disse que até agora o Governo Federal não tem liberado recursos para os municípios. “Está tudo parado. Temos tido muitas dificuldades em Brasília para ter acesso a recursos”, frisou George Coelho.
Daniela diz que não se pode "parar o país"
A senadora Daniela Ribeiro (PP) defendeu a volta da liberação de recursos por parte do Governo Federal para os municípios. Ela lembrou que programas importantes, como o 'Minha Casa Minha Vida' e ações de infraestrutura estão travados e ainda não foram "substituídos".
"Nós queremos que os nossos municípios possam voltar a ter seu ritmo de trabalho acontecendo. Sabemos que há pautas importantes para o país em andamento, como a Reforma da Previdência, mas é preciso que as coisas aconteçam em paralelo. Você não pode parar o país em cima de uma única pauta", comentou.
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