POLÍTICA
Prisão domiciliar de Bolsonaro é criticada por aliados na Paraíba: "atrocidade jurídica"
Decisão também causou reação do senador Efraim Filho, que anunciou posição favorável a impeachment de Moraes e da anistia.
Publicado em 05/08/2025 às 9:57 | Atualizado em 05/08/2025 às 11:16

Repercute entre aliados de Jair Bolsonaro, na Paraíba, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em determinar a prisão domiciliar do ex-presidente da República. A maioria se manifestou em publicações nas redes sociais.
O presidente estadual do PL, Marcelo Queiroga, estava em São Paulo quando tomou conhecimento da decisão do ministro. Em seu perfil oficial no X, o ex-ministro da saúde classificou a decisão como 'atrocidade jurídica'.
🚨 Prisão Domiciliar de Bolsonaro?
— Marcelo Queiroga 🇧🇷🇧🇷 (@mqueiroga2) August 4, 2025
Mais uma decisão que entra para o ementário das atrocidades jurídicas do Sr. Alexandre de Moraes.
Mas o Brasil não está de joelhos.
O povo livre e patriota está vigilante. Está pronto. E saberá responder nas URNAS em 2026.
🌱 A semente…
Segundo Moraes, a medida foi tomada após descumprimento de medidas cautelares, como a proibição de uso de redes sociais — inclusive por meio de terceiros. Agora, Bolsonaro está proibido de utilizar o celular e de receber visitas.
Líder do União Brasil, o senador Efraim Filho, que recentemente firmou uma aliança política com o PL visando as eleições de 2026, classificou a medida como "desproporcional", que "desrespeita direitos fundamentais e garantias de todo cidadão".
Ao responder a um seguidor, o senador disse que votará a favor de eventual impeachment do ministro Alexandre de Moraesn e da anistia dos envolvidos no 08 de janeiro.
O deputado federal Cabo Gilberto (PL) participou de um ato em apoio a Bolsonaro, em frente ao condomínio onde ele mora, em Brasília, nesta terça-feira (04).
No último domingo (03), o deputado participou do protesto realizado no Busto de Tamandaré, em João Pessoa, e fez uma chamada de vídeo com o ex-presidente. Bolsonaro já cumpria medidas cautelares e estava impedido de publicar discursos nas redes sociais.
A decisão
O ministro Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), proibiu visitas e mandou apreender celulares na casa do ex-presidente. A Polícia Federal fez buscas no local e recolheu um aparelho.
Na decisão, Moraes afirma que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
Uma dessas postagens ocorreu no domingo (3) na conta do filho e senador, Flávio Bolsonaro, para repercutir atos a favor de Bolsonaro em cidades do país.
Segundo o G1, a defesa de Bolsonaro contesta e diz que ele obedeceu todas as determinações do ministro. "A defesa foi surpreendida com a decretação de prisão domiciliar, tendo em vista que o ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida", escreveram os advogados.
Comentários