POLÍTICA
Racha no PDT continua e vai parar na Justiça
As eleições no partido deveriam acontecer até a virada do ano, mas até o momento não há nada definido.
Publicado em 30/12/2012 às 8:00
No PDT, a situação também é delicada. Enquanto o diretório estadual se mantém rachado com um grupo de oposição e outro que forma a base de apoio ao governador Ricardo Coutinho, no diretório municipal de João Pessoa a tensão ficou ainda maior, com a disputa judicial para eleição da presidência que se arrasta desde outubro.
A legenda mantém Joana Bronzeado como presidente da Comissão Provisória desde maio, que é acusada de não permitir que o vereador Geraldo Amorim (PDT) pudesse ter apresentado sua ficha de inscrição para concorrer à presidência do partido. As eleições deveriam acontecer até a virada do ano, mas até o momento não há nada definido.
No último dia 6 de dezembro, o parlamentar esteve em Brasília em encontro com o presidente nacional do partido para cobrar uma definição extrajudicial da situação. A pendenga tem raízes na aliança dos ‘Feliciano’ com o governador Ricardo Coutinho: o deputado federal Damião Feliciano (que mantém Coriolano Coutinho, irmão do governador, como seu assessor parlamentar, em Brasília) e o presidente estadual do PDT, Renato Feliciano, que é secretário estadual de Turismo e Desenvolvimento Econômico.
Amorim disse que o período natalino deu uma trégua na disputa, que ele pretendia que fosse resolvido ainda este ano, mas que ainda aguarda que seja dado mais espaço aos correligionários com mandato. “Eu disse a Feliciano que nosso grupo continua reclamando espaço na representação do partido. Hoje, as executivas municipal e estadual estão compostas por pessoas que, apesar de íntegras, não têm voto nem liderança partidária.
Os vereadores têm que fazer parte da executiva. Em janeiro, passadas as festas, vamos voltar a tratar deste assunto”.
Geraldo Amorim, que foi indicado pelo prefeito eleito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PT) para a recém-criada Secretaria de Segurança e Cidadania, não esconde o desejo de assumir a presidência do partido. “Meu nome está à disposição, mas não me imponho como candidato a presidente. O importante, e isto é uma opinião isolada minha, é que a condução do partido deve ficar nas mãos de alguém que tenha mandato”, comentou.
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