POLÍTICA
Ricardo veta reajuste de 6% para UEPB
Assembleia Legislativa tinha aprovado reajuste maior do que o proposto pelo governo, que foi de 5%.
Publicado em 03/07/2014 às 16:24
O governador Ricardo Coutinho (PSB) vetou o reajuste salarial de 6% para professores e servidores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A medida foi publicada nesta quinta-feira (3) no Diário Oficial do Estado e se contrapõem à uma alteração aprovada pela Assembleia Legislativa que modificou a proposta original de aumento, que era de 5%.
O veto foi aplicado em um projeto de conversão de uma Medida Provisória de autoria do governo. Ricardo afirma que a mudança no valor, proposto por meio de uma emenda do deputado Janduhy Carneiro (PTN), é inconstitucional porque gera despesas para administração estadual, o que é uma competência exclusiva do governador. Segundo o governador, também existe o entendimento no Supremo Tribunal Federal de que apenas o Poder Executivo pode tomar a iniciativa de apresentação de leis que disponham sobre a remuneração de pessoal.
O objetivo da emenda apresentada na Assembleia Legislativa era de recolocar o índice aprobado em resolução da reitoria da UEPB em janeiro.
A emenda apresentada na Assembleia Legislativa teve o objetivo recolocar o índice aprovado em resolução da reitoria da UEPB em janeiro. Logo depois, Ricardo Coutinho disse que não daria aos funcionários da UEPB um aumento maior do que o linear dado ao restante do funcionalismo público, que foi de 5%, e encaminhou a Medida Provisória aos deputados estaduais.
A reportagem tentou entrar em contato com o reitor da UEPB, Rangel Júnior, para que ele falasse sobre o veto de Ricardo Coutinho, mas as ligações telefônicas não foram atendidas. A decisão do governador volta para a Assembleia Legislativa.
Veto ao IPVA parcelado
O governador Ricardo Coutinho também vetou o projeto de lei que autoriza o parcelamento do Imposto sobre a Propriedade do Veículo Automotor (IPVA) em 10 parcelas de igual valor. A matéria é de autoria do deputado estadual Vituriano de Abreu (PSC).
Em sua justificativa, o governador afirma que o veto se fez necessário porque o projeto comporta interpretação dúbia, prejudicando interesses dos contribuintes e traz prejuízos para os municípios. Entre os pontos, Ricardo diz que da forma como o projeto foi redigido não ficou claro se um contribuinte poderia quitar o IPVA em menos de 10 parcelas.
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