POLÍTICA
Rodrigo Maia quer discutir deficit previdenciário com governadores
O governador Ricardo Coutinho condena termos e não deve comparecer.
Publicado em 06/02/2018 às 11:04 | Atualizado em 06/02/2018 às 11:47
Às vésperas da votação da Reforma da Previdência na Câmara Federal, o presidente da Casa, pretende realizar, na próxima segunda-feira (19), uma reunião com os governadores estaduais para debater soluções comuns para questões urgentes tanto para estados quanto para a União, como o deficit previdenciário e a crise na segurança pública.
A sugestão para construção de uma pauta mínima comum para enfrentar a crise fiscal que atinge os estados e a União foi apresentada durante reunião com alguns governadores na tarde desta segunda-feira (5). A sugestão deverá ser debatida por secretários de Fazenda na próxima quinta-feira (8).
“O que eu disse aos governadores é que nós temos de pensar em soluções em áreas que tenham alguma convergência. É claro que a Previdência da União e a dos estados estão entre esses temas”, disse Maia, ao comentar a hipótese de criação de um fundo de compensação previdenciária para resolver o deficit.
Apesar da preocupação dos governadores, Maia disse que não há garantia de que os estados vão apoiar o novo texto que deverá ser apresentado pelo relator da reforma da Previdência (PEC 287/16), deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).
“Os governadores concordam que é preciso mudar a Previdência pública. Agora, se a proposta que vai ser colocada até quarta ou quinta-feira pelo deputado Arthur Maia tem o apoio deles ou não, isso eu não sei ainda. É uma questão a ser construída”, declarou o presidente da Câmara.
Ausente
O governador Ricardo Coutinho (PSB), que não participou da reunião desta segunda-feira, também não deve estar presente no encontro organizado por Rodrigo Maia para o dia 19 de fevereiro. “99% de chance de ele não ir”, confirmou o secretário de comunicação institucional, Luís Torres.
Neste segunda-feira, em solenidade de posse de mil aprovados no concurso do magistérios, o socialista, ferrenho rival do governo do presidente Michel Temer (MDB), voltou a condenar as medidas econômicas e a reforma da Previdência da forma com vem sendo proposta pelo ministro da Fazenda.
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