POLÍTICA
Romero apresenta plano alternativo para crise hídrica a presidente em exercício da República
Prefeito de Campina Grande é recebido em audiência por Rodrigo Maia e ministro Helder Barbalho.
Publicado em 17/10/2016 às 20:05
O prefeito reeleito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), acompanhado de uma comitiva, foi recebido na noite desta segunda-feira (17) pelo presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM), no Palácio do Planalto. Como principal ponto de pauta, propostas de soluções emergenciais e urgentes para a crise no abastecimento de água que aflige Campina Grande.
Na audiência, que contou com a participação do ministro Helder Barbalho (Integração Nacional), Romero esteve acompanhado dos deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP) – que articulou o encontro com Maia – e Rômulo Gouveia (PSD). O prefeito reeleito de Guarabira, Zenóbio Toscano (PSDB) também participou da reunião, além do procurador geral de Justiça da Paraíba, Bertrand Asfora, e dos deputados estaduais Bruno Cunha Lima (PSDB) e Manoel Ludgério, licenciado da Assembleia e atual chefe de Gabinete da Prefeitura de Campina Grande.
Durante sua exposição ao presidente da República em exercício, Romero entregou a Rodrigo Maia um documento que serviu de base principal para a reunião, momentos antes, no Ministério da Integração Nacional, com Helder Barbalho e grande comitiva de parlamentares, técnicos e representantes do Ministério Público do Estado. Um relatório, de responsabilidade de especialistas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em parceria com a Prefeitura de Campina Grande, propõe alternativas pragmáticas e de curto prazo para salvar a cidade de um colapso histórico em seu abastecimento.
Adutoras
Segundo explicou Romero Rodrigues, a principal proposta já não passa a ser uma adutora de engate rápido entre Monteiro e Boqueirão, por terminar sendo uma obra cara e demorada, ao longo de 140 quilômetros. O que os técnicos da UFCG propõem e a Prefeitura entende ser mais viável é que sejam criadas estruturas similares e específicas e de menor porte para as duas grandes barragens no caminho das águas da transposição no Cariri – os açudes de Poções e Camalaú.
" Na prática, a água do São Francisco é jogada no leito dos rios Paraíba e Taperoá e, ao chegar nas duas barragens, seria desviada pelas adutoras de engate rápido diretamente para Boqueirão. Dos 4,2 metros cúbicos por segundos a serem disponibilizados, apenas 1,2 m³/seg já seria suficiente para suprir emergencialmente nosso principal reservatório", discorreu o prefeito campinense ao presidente em exercício.
A curtíssimo prazo, Romero pediu a Rodrigo Maia apoio do governo federal para que sejam liberados recursos para ampliação do abastecimento de água por carro-pipa para Campina Grande, principalmente a zona rural, além da construção de dessalinizadores. Segundo explicou o prefeito de Campina Grande, por questões políticas mesquinhas, as verbas da União para o Estado da Paraíba não contemplam a cidade, por isso a necessidade de um repasse direto Ministério-Município.
Rodrigo Maia externou sua preocupação com o problema do abastecimento de Campina Grande e toda a região polarizada pelo município e pediu a Romero que encaminhasse o mais rápido possível um plano de trabalho ao ministro Helder Barbalho para se viabilizar o convênio direto com a Prefeitura.
Por sugestão do prefeito, também autorizou a realização de um seminário, nos próximos dias, em Campina, para que a Integração Nacional exponha de forma clara aos prefeitos, secretários, técnicos e à população em geral todas as informações sobre o problema, as soluções possíveis de viabilizar e as medidas necessárias para se enfrentar o problema hídrico.
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