POLÍTICA
Vereadoras de João Pessoa batem boca por causa de 'Picha não'
Projeto pune grafiteiros com multas que variam de R$ 6,5 mil a R$ 50 mil.
Publicado em 22/03/2017 às 13:18
O projeto, de autoria da vereadora Eliza Virgínia (PSDB), que criminaliza a grafitagem e a pichação em João Pessoa, voltou a ser alvo de debates na Câmara Municipal, na manhã desta quarta-feira (22). Insultos como mentirosa, destemparada e acusações como fazer apologia ao crime foram trocados entre a tucana e a vereadora Sandra Marrocos (PSB), uma das maiores críticas à proposta.
A discussão teve início no momento em que a socialista concedia entrevista sobre seu posicionamento, no gabinete da imprensa. Sandra Marrocos, que tem servido de porta-voz de movimentos de pichadores e grafiteiros, tem tentando derrubar o projeto sob a alegação de que ele criminaliza a arte de rua.
Ao ouvir a opinião da socialista, Eliza Vírginia a chamou de mentirosa. Segundo a tucana, o projeto, inspirado nas ações realizadas pelo prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), que limita a grafitagem e pichações a área pré-autorizadas pela prefeitura, quer apenas regulamentar o que já é crime. “Tolerância zero para os pichadores. Será que meter tinta nos espaços públicos é arte? Isso é crime. A vereadora Sandra Marrocos incentiva a pichação, que é uma ilegalidade”, ponderou.
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Sandra Marrocos, em resposta, mostrou o artigo da projeto tucano, no qual trata o grafiteiro como infrator, inclusive imputando multa de R$ 6,5 mil a R$ 50 mil, para quem o fizer sem prévia autorização da Secretaria de Meio Ambiente do município. “Estou super constrangida pelo destempero da vereadora Eliza. Se ela está dizendo que eu defendo o crime ela vai ter que provar, porque todo mundo sabe que a questão da pichação é previsto no Código Penal e eu não preciso ficar gritando e querendo criminalizar a arte de rua como ela faz”, provocou.
Escola sem partido
Maior crítica do projeto 'Escola sem Partido', que tramita na Câmara Municipal de João Pessoa, Sandra Marrocos (PSB) apresentou na sessão desta quarta-feira (22) uma análise técnica assinada por diversos setores da sociedade contra a proposta. De autoria da vereadora Eliza Virgínia, o projeto propõe mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o que tem mobilizado educadores contrários às novas regras.
Eliza Virgínia defendeu que é um projeto que está correndo o país inteiro. “O autor intelectual na Câmara federal virá parav um debate em João Pessoa. O PT vem fazendo doutrinação ideológica para nossos filhos, principalmente nas universidades. Tem alunos que são condenados até nas suas notas se você não concorda com a ideologia do professor e isso tem que parar”, afirmou.
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