POLÍTICA
Vereadores participam de debate e aumentam polêmica sobre merenda
Bruno Farias e Fernando Milanez trocaram farpas na Paraíba FM ao discutir a culpa do prefeito Luciano Agra no "escândalo das merendas", denunciado pela Rede Globo.
Publicado em 10/05/2011 às 15:51
Maurício Melo
Os vereadores Fernando Milanez (PMDB) e Bruno Farias (PPS), representando a oposição e o governo municipal, respectivamente, estiveram na tarde desta terça-feira (10) na Rádio Paraíba FM e fizeram um debate a respeito das denúncias feitas pela Rede Globo contra o prefeito Luciano Agra (PSB) e a Prefeitura de João Pessoa no último domingo.
Segundo Milanez, que garantiu ainda hoje protocolar um pedido de impeachment contra o prefeito, disse que a oposição apenas está endossando uma denúncia do Ministério Público que acusa Luciano Agra de enriquecimento ilícito e de improbidade administrativa.
“O contrato já estava ‘bichado’ há muito tempo e o Ministério Público inclusive recomendou que o contrato fosse encerrado, mas mesmo assim a Prefeitura decidiu por renovar o contrato com a empresa com a SP Alimentos”, apontou Milanez.
Já Bruno Farias, garantiu que entre todos os problemas apresentados na reportagem do Fantástico, “sobre o prefeito Luciano Agra e sobre a Prefeitura não pesa nenhuma denúncia de desvio de dinheiro público nem de improbidade administrativa”. Ele disse que entre as denúncias apresentadas em todo o Brasil, as de João Pessoa são as mais brandas e facilmente sanáveis.
“O problema no transporte de alimentos pode ser solucionado imediatamente com a troca dos veículos que fazem a entrega. A questão do cardápio também se resolve facilmente. Não há nenhuma acusação de desvio de verbas nem de pagamento de propina”, explicou Farias.
Milanez disse ainda que há motivos, sim, de pedir o impeachment de Agra, até porque “existem outras denúncias sobre as quais o MP ainda não se pronunciou e que precisam ser analisadas como a compra da fazenda Cuiá e o contrato com a empresa de segurança privada Gadi”.
Já para Bruno, “muitas denúncias do MP são improcedentes, então não se pode dizer que a verdade vem da denúncia do Ministério Público. Quem decide é a Justiça. O prefeito atuou dentro da legalidade e está tranquilo, porque sabe que desta denúncia não sairá uma condenação.
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