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SAÚDE

Dor de cabeça é maior queixa em consultório

Investigar origem da cefaleia é o primeiro passo para tratar o mal e se livrar do incômodo.

Publicado em 10/11/2013 às 12:00 | Atualizado em 26/04/2023 às 17:52


                                        
                                            Dor de cabeça é maior queixa em consultório
RizembergFelipe*

Uma das grandes queixas dos pacientes que procuram os serviços de saúde, a dor de cabeça, conhecida também como cefaleia, figura entre os principais problemas que afetam a qualidade de vida da população. Atingindo indiscriminadamente todos os gêneros e faixas etárias, a dor de cabeça pode se tornar crônica se não for tratada adequadamente.

“A cefaleia crônica é um termo descritivo para caracterizar uma dor de cabeça que dura pelo menos 15 dias ao mês, por mais de três meses. Em alguns casos, ela pode chegar a ocorrer até diariamente”, explica o neurologista e especialista em cefaleia Erasmo Barros da Silva. Conforme ele, a intensidade da dor proveniente da cefaleia crônica varia de pessoa para pessoa.

“Ela pode vir como uma dor leve ou como uma dor de grande intensidade”, afirma.

Para diagnosticar o problema, na maioria das vezes, basta apenas uma conversa com o paciente: isso é o que garante o neurologista. “Em regra, nós não pedimos exames, porque o diagnóstico da dor de cabeça em si é um diagnóstico essencialmente clínico. Levamos em conta, principalmente, a história, a abordagem e os relatos da dor de cabeça”, ressalta.

Entre as formas de cefaleia crônica, Erasmo enumera os dois tipos existentes, que podem ou não ter uma causa aparente.

“Existe a cefaleia crônica primária – que é apenas uma disfunção neuroquímica, ou seja, a pessoa não tem nada na cabeça –, e existe também a cefaleia crônica sintomática (ou secundária). Ela ocorre, por exemplo, se você tiver tido uma meningite ou um traumatismo craniano, o que resulta em uma cefaleia crônica pós-trauma”, esclarece.

Em relação às formas de tratamento, o neurologista garante que em grande parte dos casos pode haver uma redução das dores através de medicamentos ou mudanças de hábitos. “O tratamento muitas vezes é voltado para a diminuição na frequência da dor. Se o paciente tem uma cefaleia crônica diária, a gente realiza um tratamento para que ele passe a ter aquela dor de cabeça de forma episódica pouco frequente – uma vez por mês, uma vez a cada três meses. Nosso objetivo é descronificar, passando para uma dor que ocorra eventualmente”, frisa.

Ainda segundo o médico, no que diz respeito à alimentação, é recomendado que a pessoa não coma aquilo que porventura ela tenha observado que desencadeia a dor de cabeça. "Mas existem vários outros fatores desencadeantes além da comida, como o sol, alguns tipos de perfumes e principalmente a tensão e o estresse”, explica. O médico também faz um alerta às mulheres: “o ciclo menstrual também pode gerar essas dores”, acrescenta.

MULHERES SOFREM MAIS POR ENXAQUECA

O neurologista Erasmo Barros da Silva faz questão de destacar que mesmo que a incidência de cefaleia entre mulheres e homens seja praticamente igual, certos grupos são mais propensos a sofrer de diferentes casos. “A cefaleia em salvas é um tipo que afeta mais os homens e a enxaqueca, mais as mulheres”, cita.

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), muitos mitos e as crenças populares envolvendo os sintomas da dor de cabeça são difundidos erroneamente. Confira alguns no quadro ao lado.

AUTOMEDICAÇÃO NÃO É INDICADA PARA CEFALEIA

Recorrer a analgésicos e a outros remédios quando se tem uma dor de cabeça pode ser algo normal para alguns. Porém, em certos pacientes, principalmente aqueles que sofrem com a cefaleia crônica, este hábito pode causar um efeito inverso, agravando ainda mais os sintomas. De acordo com Erasmo Barros da Silva, medicar-se por conta própria e sem o acompanhamento de um especialista é um erro grave que traz sérios riscos para a saúde.

“A automedicação é uma coisa totalmente errada. Pode provocar a dependência e até gerar uma cefaleia por uso abusivo de remédios”, adverte. “Se você tem uma dor de cabeça que costuma passar com o uso de analgésico, mas ela muda o padrão, você deve procurar o médico. Esse é o momento ideal”, aconselha. “Mas tem que ser o médico treinado para isso, um neurologista ou um médico da família”, continua.

Para ele, todo cuidado é pouco, já que a cefaleia crônica é um problema que compromete bastante a rotina da pessoa. “Os pacientes que sofrem da cefaleia crônica diária são polissintomáticos e têm queixas polissistêmicas, ou seja, eles se queixam de muitas coisas cujo o principal sintoma é a dor de cabeça”, afirma. “Geralmente, eles têm depressão e ansiedade associadas a alterações na pele, no coração, no aparelho digestivo. Qualquer compartimento do nosso organismo pode sofrer com os efeitos dessa cefaleia”, cita.

“Com isso, os indivíduos são muito afetados tanto em sua vida pessoal quanto na profissional. Eles chegam a cancelar compromissos e se afastar do trabalho por dias, inclusive. O próprio Estado e as instituições onde essas pessoas trabalham gastam milhões por causa da cefaleia crônica”, ressalta. (Especial para o JP)

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Jornal da Paraíba

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