SAÚDE
Endometriose: o que é e quais os principais sintomas da doença?
Ginecologista Wanicleide Leite explica o que é endometriose, como é realizado o diagnóstico e os possíveis tratamentos.
Publicado em 24/03/2023 às 10:08 | Atualizado em 24/03/2023 às 11:34
A endometriose, conhecida como doença do ciclo menstrual, afeta mulheres durante o período da vida reprodutiva, desde a primeira menstruação até a última, com a chegada da menopausa. A ginecologista Wanicleide Leite, do blog Papo Íntimo, explica como é realizado o diagnóstico e os possíveis tratamentos.
O que é endometriose?
A doença é causada pelo retorno do tecido menstrual para a cavidade abdominal. Em vez de o tecido endometrial sair totalmente do canal vaginal e ir para o absorvente, o fluxo retorna, afetando diversos órgãos, causando a inflamação.
A inflamação do útero (adenomiose), dos ovários, intestino, bexiga, peritônio e outros é o que provoca as dores, uma das principais queixas de quem procura o ginecologista.
Sintomas de endometriose
- Cólicas menstruais muito dolorosas (desde as primeiras menstruações);
- Barriga inchada;
- Sensação de desconforto;
- Fluxo menstrual intenso;
- Período menstrual com maior duração;
- Desconforto durante a relação sexual.
Como é o diagnóstico de endometriose?
“Muitas mulheres chegam no consultório com a queixa de não conseguir engravidar, que é uma das sequelas da endometriose. A doença causa obstrução das trompas, causando infertilidade”, explica a Dra. Wanicleide.
O diagnóstico é feito através do histórico da paciente, com esses relatos de dor, fluxo menstrual aumentado, desconforto na relação sexual, tentando engravidar e não consegue.
Como a endometriose é uma doença crônica inflamatória, ela provoca como sequelas aderências na pélvis, fazendo com que os órgãos afetados fiquem todos grudados um no outro, provocando as dores, principalmente na relação sexual, e a cólica menstrual intensa.
Tratamento da endometriose
A endometriose não tem cura, mas existem algumas formas de tratamento, como o uso de medicamentos anticoncepcionais e implantes hormonais, evitando a menstruação e assim diminuindo a possibilidade de agravamento. Há também o procedimento cirúrgico, utilizando a técnica de videolaparoscopia.
O cirurgião ginecologista é quem pode informar o grau da doença (leve moderada ou grave) e se ela afeta outros órgãos. O procedimento faz a liberação das aderências e limpeza do processo inflamatório, trazendo a qualidade de vida e a possibilidade de engravidar.
Outros cuidados a serem tomados é com a alimentação, evitando alimentos como carne vermelha, leite, açúcar e glúten, que são inflamatórios.
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