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SAÚDE

Qual remédio pode tomar com dengue?

Saiba qual remédio pode tomar com dengue, quais são contraindicados e fique por dentro de mais informações sobre a vacina Qdenga.

Publicado em 18/02/2024 às 7:37


                                        
                                            Qual remédio pode tomar com dengue?
Foto: Freepik

Os casos de dengue no Brasil ultrapassaram a marca de 217 mil em janeiro de 2024, número que soma mais que o triplo do registrado no mesmo período em 2023. Apesar do vírus possuir uma longa data de circulação no país, ainda existem dúvidas sobre qual medicamento pode ser tomado para tratar a doença. O médico infectologista Fernando Chagas explica qual remédio pode tomar com dengue.

“Não existe remédio específico contra a dengue. Grande parte do tratamento contra a dengue é a hidratação e no caso da dengue grave, a hiperhidratação”, afirma Chagas.

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Qual remédio não pode tomar quando está com dengue

Ainda que não haja um remédio específico para o tratamento da dengue, o infectologista deixa claro aqueles que não devem ser utilizados em casos de dengue sob nenhuma hipótese: o AAS, o Doril, a Aspirina e qualquer medicamento que contenha o ácido acetilsalicílico.

O especialista frisa que uma das características da dengue é a queda das plaquetas e o risco de sangramento, ressaltando que os medicamentos com ácido acetilsalicílico em sua composição induzem o sangramento e podem acabar contribuindo para um agravamento da parte hemorrágica da dengue e chegar a levar o paciente à morte.

Remédio para dengue

O médico infectologista Fernando Chagas solucionou o mistério e disse que, apesar de não existir um remédio específico para a dengue, alguns analgésicos podem ser tomados para amenizar os sintomas do vírus.

Qual remédio pode tomar com dengue?

Os analgésicos que podem ser usados sem prejuízo à saúde de quem está com dengue são o paracetamol, o paracetamol com codeína, o paracetamol com tramadol e a dipirona.

Ele enfatiza ainda que, em casos nos quais o paciente sinta muitas dores na barriga e sensação de enjoo ou vômito, procurar a urgência deve ser a primeira ação a ser tomada. 

Fernando Chagas explicou também o motivo pelo qual manter-se hidratado durante a doença é tão importante para combater os sintomas da dengue.

“O vírus da dengue causa um tipo de inflamação que faz com que os poros dos vasos se abram, se dilatem, fazendo com que o líquido interno, o plasma, a parte líquida do sangue, extravase dos vasos para outras partes do corpo. É por isso que a dengue grave mata, por causa da queda de pressão, porque como o líquido sai dos vasos, a pressão despenca, levando a sangramentos”, disse o médico.

Vacina da dengue

No que diz respeito à vacina contra a dengue que está para chegar até a população pelo SUS neste mês de fevereiro, Fernando Chagas se mostra muito otimista.

“A vacina contra a dengue acaba sendo uma excelente estratégia. As medidas que tomávamos antes eram sempre contra o mosquito e nunca contra o vírus. Agora a gente tem a vacina do laboratório Takeda, a vacina Qdenga, que vai ser aplicada em duas doses com o intervalo de 3 meses entre a primeira e a segunda”.

Na primeira fase da campanha de vacinação, serão vacinadas apenas pessoas dos 10 aos 14 anos de idade, mas Chagas ressalta que a vacina evita a dengue em 80% dos casos e que os outros 20% que contraírem a doença não terão a forma grave da dengue, já que a vacina garante mais de 90% de proteção contra o vírus.

Atualmente, a região com mais casos de dengue no Brasil é a Centro-Oeste. Já no Nordeste, no estado da Paraíba, segundo dados disponibilizados pelo Boletim Epidemiológico de Arboviroses liberado pela SES (Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba), a taxa de incidência de dengue é baixa. Porém, 179 municípios não tenham mandado registros para a pesquisa.

Em relação ao tema, Chagas afirma que o vírus da dengue vem em ciclos, diferentemente de uma doença respiratória que passa de pessoa para pessoa. “A dengue tem períodos em que o vírus começa a circular e dá um estouro, mas depois as pessoas vão desenvolvendo imunidade e a doença vai passando. Claro que tem também a subnotificação de casos, mas acredito que mesmo sem a subnotificação a diferença não teria sido tão grande”.

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