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SAÚDE

Mito ou verdade: urinar sobre queimadura de água-viva ajuda?

Queimadura de água-viva é um dos acidentes com animais marinhos mais comuns no verão.

Publicado em 06/12/2023 às 7:38 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:28


                                        
                                            Mito ou verdade: urinar sobre queimadura de água-viva ajuda?
Caravelas-portuguesas podem ser perigo para banhistas - Foto: Reprodução/Marília Diogo - Unsplash

Urinar sobre queimadura de água-viva ajuda a aliviar a dor?

Verão tá chegando e parece que quanto mais quente, mais as pessoas procuram as praias para se refrescar. Na Paraíba então... com a água quentinha, uma brisa que parece levar embora todas as mazelas, ficar na praia, curtindo o mar e a paisagem é um presente de fim de ano para ninguém botar defeito.

Esse nosso litoral atrai milhares de turistas todos os anos oferecendo não apenas areias douradas e águas cristalinas, mas também um ecossistema marinho rico e fascinante. Entre as criaturas que habitam esses mares, as águas-vivas são frequentemente tema de fascinação e, infelizmente, mal-entendidos.

As águas-vivas são animais, não plantas

Eles pertecem ao grupo dos Cnidários ou celenterados. Eles vivem em ambientes aquáticos, sendo a grande maioria marinha.

Existem mais de 11.000 espécies de cnidários em todo o mundo. Os principais representantes do grupo são as águas-vivas, os corais, as anêmonas-do-mar, as hidras e as caravelas.

Por que ocorre a queimadura de água-viva?

Os cnidários apresentam um tipo específico de célula em seus tentáculos, o cnidócito. Essas células lançam o nematocisto, uma espécie de cápsula que contém um filamento com espinhos e um líquido urticante.

O nematocisto é responsável por injetar substâncias tóxicas que auxiliam na captura de presa e na defesa.

Embora a gente diga "queimadura de água-viva", o que ocorre é uma reação de envenenamento pelo líquido dessas células.

Embora existam mais de 2000 espécies de águas-vivas conhecidas, só cerca de 70 podem causar essa lesões.

Degradação ambiental provocada pelo ser humano está aumentando a população de águas-vivas nos oceanos

Esses seres apareceram na Terra há cerca de 600 milhões de anos. Eles têm se multiplicaram de tal forma, que os especialistas estimam estar ocorrendo “gelificação” dos oceanos, aponta um relatório de estudiosos em clima da ONU publicado em 2019.

Estudos revelam que a elevação das temperaturas do planeta, as alterações climáticas, a poluição e a pesca excessiva são fatores que tem feito aumentar o número de águas-vivas nos oceanos e nas praias do mundo todo.

Esse processo de “gelificação dos oceanos” e pode ter relação com a redução da população de predadores e estímulos reprodutivos para esses animais invertebrados.

Águas-vivas se reproduzem no verão

No verão, parece haver afluxo maior de águas-vivas nas praias brasileiras, que é quando muitas espécies entram na fase reprodutiva, ocorrência que favorece a concentração em determinadas regiões do litoral de animais levados pela correnteza. Outra hipótese levantada é que determinadas condições climáticas e a ausência de predadores criem um ambiente favorável para a reprodução desses animais nas estações mais quentes do ano.

Acho que alguém aqui já teve a ingrata surpresa de tocar num desses animais que nos encantam pela beleza. Parecem flutuar na água, carregando no seu corpo longos tentáculos que nos lembram o véu de uma noiva.

Por trás desses acidentes, tem muita coisa nas redes sociais e ditos populares. Mas nós queremos esclarecer o que fazer e o que não fazer caso sofra um ferimento por um desses invertebrados. Manter-se informado sobre o que fazer nesses momentos e o que não fazer é a melhor maneira de não agravar o ferimento e evitar complicações.


				
					Mito ou verdade: urinar sobre queimadura de água-viva ajuda?

Veja o que é mito ou verdade sobre queimadura de água-viva

Todas as águas-vivas são perigosas

				
					Mito ou verdade: urinar sobre queimadura de água-viva ajuda?

Um equívoco comum é acreditar que todas as águas-vivas são venenosas e representam um risco para os banhistas. Na realidade, apenas algumas espécies de águas-vivas possuem tentáculos com células urticantes, capazes de liberar toxinas e gerar a "queimadura de água-viva". A grande maioria das águas-vivas é inofensiva para os humanos, e muitas delas não têm capacidade de infligir danos significativos.

Algumas águas-vivas podem ser perigosas


				
					Mito ou verdade: urinar sobre queimadura de água-viva ajuda?

É importante reconhecer que, embora a maioria das águas-vivas seja inofensiva, algumas espécies podem causar desconforto e até mesmo reações alérgicas graves. As águas-vivas do gênero Chironex, por exemplo, são conhecidas por serem extremamente venenosas e podem representar um perigo real.

Urinar sobre queimadura de água-viva ajuda a aliviar a dor?


				
					Mito ou verdade: urinar sobre queimadura de água-viva ajuda?

Um mito persistente é a crença de que urinar na área afetada por uma picada de água-viva pode aliviar a dor. Na realidade, essa prática é ineficaz e pode até piorar a situação. A urina pode desencadear a liberação de mais toxinas e irritar a pele sensibilizada. A recomendação correta sobre o que passar em queimadura de água viva é lavar a área afetada com água salgada, nunca com água doce, e procurar ajuda médica se necessário.

Vinagre é eficaz para alguns tipos de águas-vivas


				
					Mito ou verdade: urinar sobre queimadura de água-viva ajuda?

Em casos de picadas por águas-vivas que liberam toxinas, há outra recomendação do que passar em queimadura de água viva. A aplicação de vinagre pode ser benéfica. O vinagre ajuda a neutralizar os tentáculos remanescentes e a prevenir a liberação adicional de toxinas. No entanto, é crucial identificar corretamente a espécie envolvida, pois essa abordagem não é eficaz para todas as variedades de águas-vivas.

Em conclusão, desfrutar das maravilhas do oceano requer conhecimento e respeito pelas criaturas que o habitam. Ao compreender as verdades e desmascarar os mitos sobre acidentes com águas-vivas, podemos promover um convívio mais seguro e harmonioso entre os seres humanos e o fascinante mundo subaquático.

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André Telis

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