TECNOLOGIA
Vacina experimental contra HIV aumentou risco de infecção, diz estudo
Conclusão acaba de ser publicada, mas já era sabida desde 2007. Resultado é balde de água fria no esforço de combate preventivo à Aids.
Publicado em 04/11/2008 às 13:14
Do G1
Quando a gigante farmacêutica Merck interrompeu abruptamente um estudo de larga escala com uma vacina experimental contra o HIV, em setembro de 2007, ficou claro que ela estava prejudicando, em vez de ajudar, as pessoas.
Agora, cientistas do Instituto de Genética Molecular de Montpellier, na França, publicam os resultados exatos que levaram à interrupção dos testes. Os voluntários participantes foram divididos em dois grupos: num deles, só era administrado um placebo. No outro, a vacina de verdade, baseada num adenovírus que transportava apenas pequenos pedaços do HIV para dentro do corpo, na esperança de conferir imunidade prévia ao indivíduo.
Durante os testes, os pesquisadores viram que mais pessoas acabaram contaminadas com o HIV no grupo da vacina do que no grupo-controle. Isso levou à interrupção dos testes. Os resultados mostraram 24 casos de infecção pelo HIV entre 741 voluntários que foram vacinados, contra apenas 21 entre os 762 que receberam placebo.
O estudo era a segunda fase, de quatro exigidas para lançar uma droga no mercado. A primeira fase envolveu macacos, que parecem não ser afetados pelo adenovírus usado, de forma que o efeito malévolo da vacina acabou não aparecendo.
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