TECNOLOGIA
Veja a lista dos 10 carros que se destacaram no Brasil em 2008
Ano que termina marcou o maior número de lançamentos da história. Chegada do novo Gol, líder de vendas há 21 anos, foi um dos pontos altos.
Publicado em 31/12/2008 às 15:43
Do G1
O ano de 2008 foi cheio de novidades no mercado brasileiro de automóveis. Entre novos modelos, remodelações ou alterações mecânicas, como a adoção de motores flex, por exemplo, foram mais de 40 lançamentos da indústria automobilística. Tantas novidades vieram brigar com modelos que já davam as cartas no, cada vez mais concorrido, mercado nacional. Algumas se deram bem, outras, nem tanto... O G1 preparou uma lista (em ordem alfabética) com os dez destaques deste ano – os dados de vendas são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Veja:
Azera (Hyundai): O sedã coreano desembarcou no Brasil em 2007 para quebrar paradigmas entre os modelos de luxo. Com tamanho superior e um preço inferior (a partir de R$ 97,5 mil), logo assumiu a liderança entre os sedãs grandes de luxo, de onde não saiu mais. Em novembro deste ano, por exemplo, vendeu 368 unidades – três vezes mais que o segundo colocado, o Mercedes-Benz C200 (103). Ao lado do SUV Tucson, o Azera colocou a Hyundai em nono lugar entre as montadoras que atuam no Brasil, à frente inclusive da Mitsubishi, que fabrica modelos nacionais (a Hyundai só vende carros importados).
Captiva (Chevrolet): O SUV mostrou aos brasileiros que, apesar da linha de produtos nacionais tecnologicamente defasada, a Chevrolet sabe fazer automóveis modernos. Mesmo com preço inicial de R$ 93 mil, o modelo agradou em cheio e chegou a ter fila de espera e ágio de cerca de R$ 10 mil. Em novembro, entre os SUVs, vendeu 1.502 unidades e só perdeu para o Ford EcoSport (que é de outra faixa de preço). O sucesso de vendas deve ser ainda maior em 2009, quando a Chevrolet trará a versão com motor 2.4 de 4 cilindros e 169 cavalos, mais econômico e barato que o atual V6 de 261 cavalos.
Fit (Honda): A segunda geração mundial do Fit chegou ao Brasil e deu mostras que o modelo, líder disparado de vendas do segmento, deverá continuar “nadando de braçadas” entre os monovolumes. Ele ficou maior, mais bonito e potente que o anterior. O problema é que o preço acompanhou as novidades e também cresceu. A versão básica, sem rádio, custa mais de R$ 50 mil. Mesmo assim, apareceu na liderança de vendas entre os monovolumes, com 2.732 unidades comercializadas em novembro (somando-se com a do modelo antigo, em estoque), mais que o dobro do segundo colocado – o Fiat Idea (1.305 unidades).
Focus (Ford): O hatch está entre os destaques não pelo desempenho de vendas, já que o modelo ainda patina no mercado – apesar de ter vendido 1.162 unidades em novembro e superado os eternos rivais VW Gol (1.023) e Fiat Stilo (878), perdendo apenas para o líder Chevrolet Astra (1.454). O Focus se destaca por trazer novidades para o segmento dos hatches médios brasileiros, que parou no tempo com modelos obsoletos. Todos os três concorrentes estão defasados em relação aos vendidos no exterior (são de gerações passadas) e somente o Focus usa a mesma plataforma do modelo mundial. O ponto fraco, que pode explicar as tímidas vendas, é a ausência do motor flex (que só deve chegar no meio de 2009).
Gol (Volkswagen): Líder de mercado desde 1987, o Gol é um case mundial de vendas. Até meados de 2008, o modelo se mantinha na frente com um modelo tecnologicamente defasado em relação à concorrência, o que ratificava seu prestígio inabalável no mercado nacional. Mas a vida da concorrência ficou ainda mais difícil com a chegada da nova geração do hatch da Volkswagen. Com acabamento melhorado, motor e suspensão modernos, o Gol certamente seguirá folgado na liderança em 2009. No acumulado até novembro deste ano, o modelo vendeu 266.553 unidades, 78.932 a mais que o segundo colocado Fiat Palio.
Ka (Ford): O popular da Ford foi o primeiro lançamento de 2008 e sofreu uma profunda reformulação, desenvolvida especialmente para o mercado nacional. Com mais espaço interno e porta-malas mais generoso que a geração anterior, o novo Ka conseguiu alavancar exponencialmente suas vendas e chegou ao “top ten” entre os mais vendidos. É justamente o décimo mais vendido do Brasil, com 58.032 unidades acumuladas até novembro. Desbancando o Fiesta, que ocupava o posto do mais vendido da marca há anos e que fechou novembro com 53.450 unidades.
Mille (Fiat): O veterano popular da Fiat é outro fenômeno de mercado. O “vovô” de 24 anos, que não sofreu grandes modificações estruturais desde seu lançamento, vem causando uma crise de ciúmes em casa. Isso porque, nos últimos meses do ano, teve a ousadia de ultrapassar o “primo” Palio no número de vendas. Em novembro, por exemplo, teve 9.931 unidades comercializadas contra 9.450 do Palio. É verdade que no acumulado, o Mille ocupa a terceira colocação (129.928), mas o desempenho desse veterano é de dar inveja a muitos jovens que ainda engatinham na preferência dos consumidores.
New Civic (Honda): Depois do eterno líder VW Gol, o New Civic é o maior fenômeno de vendas do mercado brasileiro. Não, ele não ocupa o segundo lugar do ranking, mas foi o quarto mais vendido em novembro, com 6.535 unidades e ocupa a oitava colocação no acumulado do ano (60.095). Fato pra lá de louvável, já que a versão de entrada do New Civic é vendida por cerca de R$ 60 mil. O sucesso desses números fica ainda maior ao constatar que o maior concorrente, o Toyota Corolla, teve sua nova geração lançada justamente este ano. Isso sem falar na concorrência de peso entre os sedãs médios que conta com Chevrolet Vectra, Citroën C4 Pallas, Renaul Mégane, Nissan Sentra e os recém-chegados Fiat Linea e Ford Focus Sedan.
Palio Weekend (Fiat): Os designers acertaram em cheio na reestilização da perua, que chegou a perder a liderança do segmento para a rival VW Spacefox durante a primeira metade do ano. O novo visual e a adoção do sistema eletrônico de bloqueio do diferencial (Electronic Locker Differential) na linha Adventure, que também ganhou vários apliques de plástico, deu novo fôlego ao modelo e, principalmente, à versão aventureira da station wagon. Com isso, as vendas dobraram de aproximadamente 1.500 para 3.000 unidades mensais, levando o modelo da Fiat de volta ao primeiro lugar.
Sandero (Renault): O hatch entra na lista por ser um dos responsáveis, ao lado do sedã Logan, por ter “ressuscitado” a Renault no Brasil. Com um projeto que prioriza o espaço interno e a funcionalidade, a dupla Sandero/Logan (que compartilha a mesma plataforma) alcançou um bom volume de vendas, a ponto de colocar a Renault na quinta colocação entre as montadoras brasileiras, ultrapassando a rival “francesa” Peugeot e ficando atrás apenas das quatro grandes: Fiat, Volkswagen, Chevrolet e Ford. Em novembro, o Sandero vendeu 2.335 unidades (36.271 no acumulado).
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