icon search
icon search
home icon Home > vamos trabalhar
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VAMOS TRABALHAR

Empregador de trabalhadora que passou 39 anos em situação análoga à escravidão na PB tem novo prazo para pagar dívidas

Advogado de defesa do ex-patrão pediu que o pagamento seja realizado até o fim deste mês.

Publicado em 16/02/2022 às 17:24


                                        
                                            Empregador de trabalhadora que passou 39 anos em situação análoga à escravidão na PB tem novo prazo para pagar dívidas
Mãos de trabalhadora é resgatada após 39 anos em situação análoga à escravidão em Campina Grande; Foto: GEFM.

O empregador que manteve uma trabalhadora doméstica em situação análoga à escravidão em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, tem um novo prazo saldar as dívidas trabalhistas com ela. Segundo a assessoria de comunicação da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (DETRAE/CGFIT/SIT), o advogado de defesa do ex-patrão pediu que o pagamento, que deveria ser feito até a última segunda-feira (14), seja realizado até o fim deste mês.

A mulher, de 57 anos, foi mantida em trabalho análogo ao escravo por 39 anos e resgatada no início de fevereiro.

>> Entenda como trabalhadora é resgatada após quase 40 anos

O empregador da mulher e a família dele tiraram a vítima da cidade onde nasceu, em Cuité, quando ela tinha 18 anos. Na casa onde ela vivia e trabalhava, em Campina Grande ela era responsável por cuidar dos patrões idosos, limpar a casa, arrumar a cozinha e fazer os cuidados da matriarca da família, que ficou acamada e com dificuldades de locomoção.

“Cuidava dos patrões idosos, limpava a casa, arrumava e cozinhava, além dos cuidados com a matriarca da família que ficou acamada e com dificuldades de locomoção. Ainda, a empregada vivia um processo de coação psicológica que a levava a aceitar as condições indignas de trabalho com afirmações de que ela teria responsabilidades com os idosos por ser uma pessoa considerada da família”, descreveu a auditora.


				
					Empregador de trabalhadora que passou 39 anos em situação análoga à escravidão na PB tem novo prazo para pagar dívidas
Trabalhadora é resgatada após 39 anos em situação análoga à escravidão em Campina Grande. Trabalhadora é resgatada após 39 anos em situação análoga à escravidão em Campina Grande

A carga de trabalho da vítima aumentou ainda mais há pelo menos cinco anos, quando ela passou a ser responsabilizada pelo cuidado de cerca de 100 cães adotados pelos patrões. Essas atividades eram feitas todos os dias da semana, inclusive aos domingos e feriados.

A jornada da trabalhadora iniciava por volta das 7h e se encerrava após a meia-noite por causa do alto número de cachorros e da obrigação de limpar toda a casa e espaços destinados ao abrigo dos animais, além de alimentá-los.

As atividades diárias também envolviam limpar e lavar os canis, limpar fezes e urinas dos cachorros tanto na parte externa, quanto dentro da casa.

Apesar da mulher receber salário mensal, 13º e férias, ela não usufruía de descanso semanal remunerado, feriado e das férias de 30 dias. Apesar de ter folgas eventuais nos feriados de São Pedro e Réveillon, nunca pôde ficar mais de quatro dias fora das funções.

Segundo a auditora, este foi o primeiro caso de resgate em trabalho doméstico na Paraíba. A operação foi realizada a partir de uma denúncia feita Disque Direitos Humanos – por meio de ligação ao número 100 – sobre a possível exploração de trabalho.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp