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Mais de 20 paraibanos foram resgatados de trabalho análogo à escravidão em 2022, diz SIT
Todas eram mulheres, sendo que 67% declararam ser analfabetas e outras 33% estudaram até o 5º ano incompleto.
Publicado em 24/01/2023 às 13:18
Ao todo, 23 paraibanos foram resgatados de trabalho análogo ao escravo em todo o Brasil em 2022. Deles, três resgates aconteceram na Paraíba, estado onde quatro ações de fiscalização foram realizadas no ano passado.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego nesta terça-feira (24). O resultado considera as fiscalizações concluídas e também as que estão em andamento.
>>> O que é trabalho análogo à escravidão
No ranking nacional de números de trabalhadores resgatados, a Paraíba ocupa a 24ª posição e o 19º lugar na quantidade de ações de combate ao trabalho escravo realizadas. Já com relação ao local de origem dos trabalhadores resgatados em todo país, a Paraíba ficou em 16º lugar.
Qual o perfil dos trabalhadores resgatados?
Todos os 23 trabalhadores paraibanos resgatados em situação de trabalho análogo à escravidão eram mulheres, sendo que 67% declararam ser analfabetas e outras 33% estudaram até o 5º ano incompleto. Todas elas também se autodeclararam pardas.
Delas, 33% tinham idades entre 30 e 39 anos. Todas moravam e eram naturais do Nordeste.
A atividade onde mais houve exploração de mão-de-obra na Paraíba em, com relação ao número de resgatados, foi a de serviços domésticos, que totalizou três resgates.
Como denunciar?
Denúncias de trabalho escravo podem ser feitas de forma remota - pela internet - e sigilosa no Sistema Ipê, sistema lançado em 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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