Orientação vocacional pode ser decisiva na escolha da profissão

Karoline Zilah

Mais do que um teste sobre as aptidões profissionais de alguém, a orientação vocacional pode ser uma verdadeira descoberta pessoal. Foram anos de pesquisas científicas até que a Psicologia chegasse ao que este serviço oferece atualmente, uma resposta à pergunta que não quer calar às vésperas do vestibular: “O que você quer ser?”. Afinal, diante de um universo de cursos e profissões para escolher, são muitos os estudantes que não têm noção do que vai fazer.

As inscrições para os processos seletivos das principais universidades públicas paraibanas e de muitas particulares já estão batendo na porta: a Universidade Federal de Campina Grande, por exemplo, começa a cadastrar os candidatos para suas 4.750 vagas no dia 6 de setembro. Para ajudar os internautas, o Paraíba1 conversou com um especialista sobre como decidir qual rumo seguir na vida acadêmica.

Como funciona

Segundo o psicólogo e professor Fernando Guimarães, coordenador do núcleo de orientação vocacional da Clínica Escola de Psicologia do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), este trabalho tem como objetivo despertar as áreas de conhecimento pelas quais o participante tem mais interesse (Humanas, Saúde, Exatas, Ciências Naturais, entre outras).

É por meio de testes e dinâmicas, algumas em grupo, que o analisado abre os olhos para suas aptidões e habilidades, tudo de acordo com sua personalidade. Os resultados podem ajudá-lo a perceber o que ele tem de melhor e, assim, decidir em quais profissões ele pode se encaixar no mercado de trabalho.

“É preciso ressaltar que a orientação vocacional, ou profissional, não é uma bola de cristal. Ela proporciona conhecimento pessoal ao traçar um perfil psicológico, analisando os aspectos intelectuais, emocionais, psicomotores e aptidões do indivíduo. A partir desta análise, é traçado um perfil de interesse”, explica o professor Fernando.

Os testes são frutos de anos de pesquisas. Só podem ser aplicados aqueles validados pelo Conselho Federal de Psicologia. Seus resultados são científicos, mas apesar disso não significa que o participante é obrigado a seguir uma das carreiras apontadas. Afinal de contas, segundo comenta o psicólogo, o que importa é que o analisado faça a escolha com a qual se sinta realizado.

“Eu sempre digo aos participantes: sempre haverá mercado para qualquer profissão que vocês queiram seguir, desde que sejam bons profissionais. Um dos benefícios da orientação vocacional é que ela tira esse medo que as pessoas têm de investir em seus talentos”, argumenta Fernando Guimarães.

Em João Pessoa, as clínicas de Psicologia do Unipê e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) oferecem estes serviços gratuitamente ou cobrando apenas uma taxa simbólica para o público em geral, independente de faixa etária. Adultos também podem participar das orientações.

Nos consultórios particulares, a ferramenta pode custar de R$ 500 a R$ 1 mil.

SERVIÇO

Núcleo de Orientação Vocacional da Clínica Escola de Psicologia do Unipê
Campus universitário – BR-230 – S/N - Água Fria – João Pessoa
Telefone: (83) 2106-9218

Clínica de Psicologia da UFPB
Cidade Universitária/Castelo Branco – João Pessoa
Telefone: (83) 3216-7337