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VAMOS TRABALHAR

Qualificação leva ao emprego

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, mostra que 83% dos brasileiros, buscam qualificação em cursos profissionalizantes.

Publicado em 11/03/2012 às 6:30


A qualificação profissional, ou melhor dizendo, a falta dela, continua sendo a causa de tanto desemprego. Por mais que o alerta seja dado, muitas pessoas desprezam a qualificação, o que impede a entrada ou o retorno ao mercado de trabalho. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que o número de brasileiros matriculados em cursos profissionalizantes no Brasil cresceu 83% entre 2002 e 2010.

A diretora-executiva da Destaque-se Recursos Humanos, Suzana Melo, explica que ao falar em qualificação, “temos que pensar em qualificação pessoal e profissional”. Segundo ela, as duas precisam andar juntas. “Nos dias de hoje, a qualificação profissional é condição básica para uma carreira de sucesso, mas sem ter a necessária qualificação pessoal, o sucesso profissional fica cada vez mais difícil”, observa.

Desenvolver habilidades e competências é necessário para quem busca um lugar no mercado de trabalho. “Quando a gente fala sobre qualificação profissional, o que logo vem à mente é o curso superior ou uma pós-graduação, mas é preciso ter habilidade e competência que possam ajudar no dia a dia, como profissional de uma empresa”, orienta Suzana, lembrando que o mercado de trabalho está cada dia mais exigente. “Quem quiser se destacar profissionalmente deve buscar se completar da melhor maneira possível para enfrentar a realidade do mercado”, completa.

De acordo com a diretora, muitas empresas procuram profissionais com uma visão bem mais ampla, pessoas ambiciosas e que tenham preocupações com demais áreas da organização na qual prestam serviços. “Quem melhor se qualificar, terá maior chance de sobreviver no mercado por um bom tempo”, afirma Suzana.

Na avaliação do diretor do Sistema Nacional de Emprego da Paraíba (Sine-PB), João Carlos Diazon, a falta de qualificação continua sendo o grande problema para ingressar ou retornar ao mercado de trabalho. “As empresas precisam investir em seus funcionários, oferecendo cursos, por exemplo, mas o próprio trabalhador também tem a obrigação de buscar sua qualificação”, comenta. “É a sua reciclagem que vai dizer se você pode ou não alçar voos mais altos na carreira”, completa.

No intuito de ajudar os jovens que buscam o primeiro emprego, o Sine fez uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e vem realizando um curso de qualificação para o público com idades entre 15 e 23 anos. “São 1,2 mil horas de curso, sendo que 800 horas são de aulas práticas”, afirma. Quem participa do curso, que tem duração de oito meses, é encaminhado para uma empresa como jovem aprendiz administrativo. Todos os jovens recebem bolsas e vale-transporte. Em apenas cinco dias, 120 jovens receberam encaminhamento.

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Jornal da Paraíba

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