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Seleções são 'escadas' para carreira definitiva
Professor expert em concursos fala sobre como decidir entre fazer concurso com base no salário ou na vocação.
Publicado em 04/12/2011 às 8:00
Escolher o concurso que quer fazer com base no salário oferecido ou na sua vocação? Se houver pressa para passar, a orientação é optar pelo primeiro, conforme indicou o professor e juiz federal, 'expert' em certames, William Douglas.
“Às vezes a pessoa quer ser, por exemplo, arquiteto, mas quando aparece oportunidade em certame público as vagas são pouquíssimas. Em contrapartida, abre outro certame com mais de 500 vagas para outra função. Então, a pessoa pode fazer o último para ter tempo e dinheiro para, já aprovado, se dedicar aquilo que prefere”, explicou, ao comentar que este é o conceito chamado de 'concurso escada'.
“Não necessariamente, você vai fazer logo o concurso dos seus sonhos”, destacou William, ao comentar que é muito comum as pessoas fazerem a 'escada', tanto por questão de sobrevivência quanto de qualificação (ainda não têm a escolaridade exigida).
Além disso, o trabalho prestado já vai contando tempo para a aposentadoria e o emprego tem todas as vantagens do serviço público.
Ele ponderou, entretanto, que escolher uma função que não tem nenhuma semelhança com o candidato também poderá ser ruim para ele e para o próprio serviço público. “Não é bom ter alguém desinteressado. É semelhante ao problema da superqualificação, que vemos com preocupação e que não é bom para o serviço público. No Rio de Janeiro, por exemplo, tivemos gente com mestrado e doutorado fazendo concurso para gari. É claro que isso não dá certo”, analisou.
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