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Universidade de Brasília abre concurso com cota para negros

Cargo para professor adjunto, com regime de dedicação exclusiva, exige doutorado e a remuneração total prevista no edital é de R$ 8.639,50.

Publicado em 17/01/2016 às 7:00

A Universidade de Brasília (UnB) abre concurso para professor com vaga específica para candidatos negros. A seleção divulgada na última quarta-feira é para docente de Direito Público e Privado para a Cidadania, da Faculdade de Direito (FD), e cumpre lei do governo federal ao destinar uma das três oportunidades para o sistema de cotas raciais.

O cargo para professor adjunto, com regime de dedicação exclusiva, exige doutorado e a remuneração total prevista no edital é de R$ 8.639,50. Para participar é preciso ser graduado em Direito e ter doutorado em Direito ou áreas afins.

As inscrições podem ser feitas pela internet, por meio do endereço eletrônico do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) - responsável pelo certame - até o dia 19 de fevereiro. A taxa de inscrição é de R$ 208,61. A seleção conta com provas discursiva, oral, didática e de títulos.

“A novidade resulta de uma adaptação à lei”, explica a decana de Gestão de Pessoas, Maria Ângela Feitosa. “O que fizemos foi atualizar as condições gerais do edital”.“Fico satisfeito. É a evolução das coisas. As cotas podem promover a integração”, diz o diretor da FD, George Galindo.

A universidade foi a primeira no país a adotar a política de cotas para seleção de alunos negros na graduação. A decana Maria Ângela vê a reserva para técnicos e docentes como mais um ganho para a inclusão social e democratização do acesso à UnB. “A Universidade de Brasília inspirou outras instituições e o próprio governo”, destaca.

Contudo, a gestora observa que concursos com mais de uma vaga para professores é algo pouco comum. “O caso do Direito foge do habitual”.

Dos cerca de 3,5 mil professores da UnB, 65 se declaram negros, 460 pardos e 1.915, brancos. Desse total, 71 se declaram amarelos e 8 indígenas. Quase 1,2 mil docentes da UnB não declararam a raça.

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Jornal da Paraíba

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