COTIDIANO
Após escândalo da merenda, OAB pode entrar na Justiça contra Agra
Denúncia mostrada no Fantástico pode gerar novas repercussões em João Pessoa. OAB estuda a possibilidade de ingressar com uma ação civil pública contra Luciano Agra.
Publicado em 10/05/2011 às 13:29 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:30
Jhonathan Oliveira
O escândalo da merenda escolar, divulgado no último domingo (8) pelo programa Fantástico, pode ganhar novas repercussões em João Pessoa. A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba, estuda a possibilidade de ingressar com uma ação civil pública, por improbidade administrativa, contra o prefeito Luciano Agra (PSB). Decisão será tomada na próxima sexta-feira (13) durante reunião do conselho do órgão.
Em entrevista ao programa Polêmica Paraíba, na tarde desta terça-feira, o presidente da OAB-PB, Odon Bezerra, as imagens mostradas pelo Fantástico são “estarrecedoras e e preocupantes” e precisam ser apuradas. Ele disse que está juntando documentos para subsidiar o conselho da OAB.“Nós temos o vídeo, mas temos que conseguir mais documentos, estamos encaminhado ofício a Controladoria Geral da União para obter detalhes das informações que foram trazidas pelo Fantástico”, disse.
“Vamos subsidiar o conselho com estas informações e todos os advogados se pronunciarão. Se o conselho decidir pela ação eu serei uma das pessoas a assiná-la”, acrescentou Odon.
Odon também referendou que já recebeu uma vasta documentação da SP Alimentação, empresa responsável pela merenda de João Pessoa, com explicações sobre o contrato com a prefeitura de João Pessoa. “Vamos analisar calmamente essa documentação”, ponderou.
Impeachment de Agra
A bancada de oposição na Câmara Municipal de João Pessoa também promete ingressar com um ação contra Luciano Agra. De acordo com o vereador Fernando Milanez (PMDB), líder do bloco, será impetrado um pedido de impeachment contra o gestor da capital ainda na tarde desta terça-feira.
“Nosso papel é de fiscalizar e nós não poderemos ficar calados diante das irregularidades que estão postas. Não seríamos irresponsáveis de solicitar algo que não estivesse fundamentado”, disse.
Comentários