COTIDIANO
Bichos-preguiça convivem com perigos da área urbana em João Pessoa
Em 2020, cerca de 180 preguiças foram resgatadas na capital e animal é vítima fácil de atropelamentos e choques elétricos.
Publicado em 07/03/2021 às 7:13 | Atualizado em 07/03/2021 às 21:23
Em 2020, cerca de 180 bichos-preguiças foram resgatados na Grande João Pessoa pelo Batalhão de Policiamento Ambiental. De acordo com o tenente Wellington Aragão, a área urbana apresenta riscos para a espécie e o número foi bem alto, sendo a maioria resgatada nos bairros Bancários, Valentina e Castelo Branco, que são rodeados por mata. Mesmo assim, os bichos compõem e embelezam o cenário da capital paraibana e é preciso ter cuidado e atenção com estes animais dentro da área urbana da cidade. Nesta segunda-feira (22), a Rede Paraíba de Comunicação deu início à campanha Paraíba que Floresce e Colhe, em incentivo à cultura, meio ambiente, agricultura e economia do estado. O bicho-preguiça é adaptado para a vida no topo das árvores, mas às vezes ele desce e é comum serem pegos por corujas e murucututus (espécie de coruja), ou acuados por outros animais, conforme explica a analista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Paula Galvão. É comum também que filhotes acabem caindo das árvores e sendo atacados. A intenção dos bichos mais adultos ao descer é trocar de árvore. “Por exemplo, quando ela se reproduz, após ela deixar o filhote ela costuma deixar aquela área para o filhote e buscar uma nova área para ela. Nessa procura, a rodovia tá no meio do caminho, entendeu? E como elas são animais lentos, são presas na natureza, acabam fatalmente atropeladas", explica Paula. Apesar dos acidentes, a maior ocorrência com animal é o choque elétrico. Mesmo quando o bicho-preguiça sobrevive, a sequela pode ser grande. O animal geralmente perde as garras com o choque, o que impossibilita o retorno ao habitat natural e o animal passa ter que viver em cativeiro. Por isso, todo cuidado com o bicho é pouco. Ao ver um bicho-preguiça em risco, o Batalhão de Policiamento Ambiental deve ser acionado através do número 190. Apesar de parecerem dóceis e amigáveis, não é indicado pegar ou ter contato físico com o animal, mesmo em uma situação de risco para ele. Quando se sente acuada, a preguiça pode atacar com as garras. Em caso de risco de atropelamento, o tenente Wellington Aragão fala que o cidadão pode, com algum objeto, tentar conter o animal. Mas o recomendado é manter o contato visual para ele não fugir e ligar para o 190. Se um bicho-preguiça é resgatado pela Polícia Ambiental sem ferimento, ele é levado de volta ao seu habitat natural.
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