COTIDIANO
Sindicância do CRM-PB contra médico flagrado agredindo mulher é arquivada
Médico flagrado agredindo mulher, João Paulo Souto Casado, teve pedido de prisão negado pela Justiça.
Publicado em 01/02/2024 às 9:00
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) arquivou a sindicância aberta contra o médico João Paulo Souto Casado, flagrado agredindo uma mulher dentro de um elevador, em João Pessoa. O caso repercutiu nacionalmente, após as imagens da agressão serem divulgadas em setembro de 2023.
A sindicância do CRM-PB foi aberta na época em que o caso da agressão envolvendo João Paulo Solto Casado veio à público. Agora, o procedimento foi arquivado, e à Rádio CBN Paraíba o diretor de fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro, explicou que o órgão não age sobre a esfera civil ou penal, mas sim no âmbito ético.
"O Conselho Regional de Medicina é um tribunal de julgamento ético. Ele não age sobre a esfera civil ou penal. Então, apesar do conselho não concordar com nenhum tipo e nenhuma forma de violência, principalmente contra mulher, crianças e idosos em si, quando uma pessoa faz isso dentro da sua vida privada, não é o conselho o órgão competente para fazer tal julgamento", explicou.
Por isso, ainda de acordo com o representante do CRM-PB, a sindicância foi arquivada por não haver relação entre a agressão com o ato médico, já que o caso ocorreu na vida privada do médico.
"Quando o conselho tem uma espécie de absolvição do ponto de vista ético, relacionado à profissão, não significa dizer que ele está abalizando, não significa dizer que ele está concordando. Pelo contrário, o conselho é fortemente contra qualquer tipo de forma de violência, repito, principalmente contra mulheres. Mas, nesse caso, não há relação com ato médico, com ato profissional", afirmou Bruno Leandro.
Relembre o caso
Em um vídeo, gravado em abril de 2022, o médico João Paulo Souto Casado está em um elevador e puxa o cabelo da mulher e a empurra várias vezes, na frente de uma criança. Já em outras imagens, de setembro de 2022, a vítima é agredida com socos dentro de um carro.
A polícia chegou a pedir a prisão de João Paulo Casado, mas o pedido foi negado pela Justiça. Ele chegou a se apresentar à polícia, ficou calado durante o depoimento e foi liberado.
As agressões que o médico João Paulo Souto Casado teria cometido contra a ex-companheira aconteceram entre os anos de 2020 e 2023, segundo consta no texto da decisão da Justiça que negou pedido de prisão do suspeito.
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