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COTIDIANO

Suspeito de matar Anielle vai responder por estupro de vulnerável

Estado de decomposição do corpo da vítima prejudicou necropsia, segundo o IPC.

Publicado em 28/10/2021 às 13:37


                                        
                                            Suspeito de matar Anielle vai responder por estupro de vulnerável
Caso Anielle: acusado de matar menina de 11 anos vai a júri popular. Foto: Reprodução.

O suspeito de matar Anielle Teixeira, deve responder pelo crime de estupro de vulnerável, de acordo com o que informou a delegada Luisa Correia, nesta quinta-feira (28). O corpo da menina de 11 anos foi encontrado no dia 8 de setembro, três dias dela desaparecer na praia de Cabo Branco, em João Pessoa.

>> José Alex foi preso suspeito de matar Anielle

Quando foi detido, José Alex da Silva confessou ter matado a garota, mas negou que a estuprou. No entanto, negou a primeira versão e disse, segundo a defesa, que foi agredido por policiais para confessar o crime. Ao Jornal da Paraíba, o advogado do suspeito, Daniel Alisson, informou que só vai se pronunciar sobre o caso na sexta-feira (29) durante uma entrevista coletiva.

No entanto, ainda no mês de setembro deste ano, no dia 21, o suspeito da morte da criança foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado, após a conclusão do inquérito policial do caso, que está sob segredo de Justiça. Cerca de 10 dias, após o recebimento de um laudo feito pela perícia criminal, foi indiciado novamente por estupro de vulnerável.

Conforme com as informações do Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC-PB), responsável pela necropsia, o estado de decomposição em que o corpo da vítima foi encontrado prejudicou a realização dos exames e que “não foi encontrado material biológico suficiente em quantidade e qualidade para levantamento de perfil genético”.

Mas, segundo a delegada, esse resultado isolado não atesta ou contesta a suspeita de abuso sexual e que é necessário considerar todo o contexto do crime.

Para a delegada Luisa Correia, a ocultação do corpo da criança, que foi encontrado apenas 72 horas após a morte dela, é um dos agravantes que pode ter dificultado as análises durante a produção. Mas, que esse fato isolado, não é capaz de provar que o suspeito não teve envolvimento com o caso.

Ela destaca, ainda, que existem filmagens que mostram o suspeito, que está preso, entrando na mata onde Anielle foi encontrada e saindo do local sozinho.


				
					Suspeito de matar Anielle vai responder por estupro de vulnerável
Anielle Teixeira tinha 11 anos. Foto: Reprodução/TV Cabo Branco. Anielle Teixeira tinha 11 anos. Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Anielle foi encontrada em uma mata três dias após desaparecimento

O corpo de Anielle Teixeira, de 11 anos, que desapareceu no dia 5 de setembro, foi encontrado na madrugada do dia 8 do mesmo mês em uma mata no bairro de Miramar, em João Pessoa. Conforme informações da Polícia Civil, o corpo dela foi encontrado apenas com a blusa. Ela sumiu na madrugada de um domingo, depois de sair da praia do Cabo Branco de bicicleta com um homem.

Na época, a delegada Luisa Correia adiantou que o corpo foi encontrado com sinais de decomposição, o que levam a Polícia Civil e a perícia a acreditarem que a criança foi morta logo após a saída da praia, no mesmo local em que o corpo foi encontrado.

Além disso, no corpo, há sinais de esganadura, mas apenas o laudo pericial poderia confirmar a causa da morte. A perita Amanda Melo revelou que havia suspeita de crime sexual, mas que a situação ainda seria investigada.

A criança teria passado uma sábado na praia com a mãe e os irmãos. De acordo com a mãe da vítima, ela estava com os filhos dormindo em um quiosque, cujos donos são conhecidos da mulher, após passar o sábado na praia.

A mãe explicou que as taxas de transportes por aplicativo estavam muito altas, então resolveu ficar no local e ir embora de manhã cedo. Por volta das 5h, a criança sumiu.

A irmã mais nova da criança teria informado para a mãe que Anielle teria sido convidada a sair com um homem em uma bicicleta e ela não quis ir com a irmã. Depois disso, a menina não apareceu mais.

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Jornal da Paraíba

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