COTIDIANO
Ucrânia rejeita ultimato da Rússia para entregar Mariupol, cidade onde mora paraibana desaparecida
Mariupol, perto da fronteira da Ucrânia com a Rússia, está cercada por tropas russas desde fevereiro.
Publicado em 21/03/2022 às 11:49
A Ucrânia rejeitou um ultimato dado pelo governo da Rússia para que entregasse a cidade de Mariupol, onde mora a paraibana Silvana Pilipenko, desaparecida há 18 dias, que está sob cerco de forças russas desde fevereiro.
O ultimato foi dado pela Rússia no domingo (20), para que houvesse a deposição de armas por parte dos militares ucranianos até às 5h desta segunda-feira (21). Em entrevista ao jornal Ukrainska Pravda, a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk anunciou que a cidade portuária não vai se render, e pediu a abertura de corredores humanitários.
"Não se pode falar em rendição, deposição de armas. Já informamos o lado russo sobre isso. Em vez de perder tempo com 8 páginas de cartas, basta abrir um corredor [humanitário]”, disse Iryna.
Mariupol está situada no Mar de Azov e fica a aproximadamente 60 quilômetros da fronteira com a Rússia. Antes da guerra, a cidade abrigava cerca de 400 mil pessoas. No início do mês, o governo ucraniano relatou pelo menos 2 mil mortes de civis desde que a cidade foi cercada pelos militares russos.
Silvana Pilipenko, a paraibana desaparecida, é casada com Vasyl Pilipenko há 26 anos. Ele é ucraniano e eles estavam em Mariupol na casa da mãe de Vasyl, que é idosa. Antes de desaparecer após mandar um vídeo para a família, em João Pessoa, Silvana relatou a situação no local.
“A cidade está cercada pelas forças armadas, todas as saídas estão minadas, então é impossível tentar sair daqui nesse momento. Ontem a internet foi cortada, a energia também, então ficamos sem internet, sem energia”, disse em vídeo.
A proposta da Rússia era de que após a rendição de Mariupol, corredores humanitários fossem abertos para evacuar os civis que estão na cidade.
O presidente russo, Vladimir Putin, chama a guerra de "operação militar especial" e diz estar defendendo Ucrânia de um governo “nazista”. O Ocidente acusa a Rússia de usar essas acusações como pretexto para invadir e tomar o país.
Com informações da Agência Brasil
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