VIDA URBANA
Caso Fernanda tem novo delegado
Delegado Aldrovilli Grisi Dantas foi designadoem caráter especial para dar continuidade às investigações sobre o sumiço da menina Fernanda.
Publicado em 15/01/2013 às 6:00
As investigações sobre o paradeiro da estudante Fernanda Ellen Cabral, desaparecida desde o último dia 7 de janeiro, ganham novo fôlego com a entrada do delegado de Polícia Civil Aldrovilli Grisi Dantas, designado, ontem, em caráter especial para dar continuidade ao inquérito que apura o sumiço da jovem, substituindo a delegada Joana D'Arc Aires Sampaio Nunes, titular da Delegacia de Crimes contra a Infância e Juventude de João Pessoa.
Na manhã de ontem, familiares da menina foram ouvidos pelo delegado, que garantiu que todas as diligências estão sendo realizadas e nenhuma hipótese de linha de investigação pode ser excluída. Além disso, os pais da estudante foram chamados para realizar exame de DNA que ateste se o vestígio de sangue encontrado em um colchão pertence à filha do casal. O material foi coletado após a polícia localizar uma casa abandonada, usada por traficantes no bairro do Alto do Mateus. Uma tiara de cabelo também foi encontrada no local, mas familiares informaram que o objeto não pertencia à menina.
Ontem, completou uma semana do desaparecimento da estudante de 11 anos e, até agora, não foram encontradas informações concretas sobre o paradeiro da jovem. A escassez de novidades levou família, amigos e solidários a realizar, no final da tarde de ontem, uma carreata. Munidos de faixas e informativos, os presentes partiram da casa da jovem, localizada no bairro Alto do Mateus, e seguiram pelas ruas do Bairro dos Novaes até Cruz das Armas.
O avô paterno de Fernanda, Severino Ferreira, clama para que a população não enxergue o caso como encerrado. “Informaram que Fernanda foi encontrada na sexta-feira, mas a informação não é correta. Pedimos a ajuda das pessoas para que possam passar para a polícia alguma pista sobre o paradeiro dela. Continuamos com as buscas”, relata.
As buscas pela menina já foram feitas em vários pontos da capital e ainda no litoral do Estado. Para o sargento Aurélio de Souza, da Unidade de Polícia Solidária (UPS) do Alto do Mateus, o trabalho continuado e as ações de varredura realizadas desde o desaparecimento, que até o momento não chegou a uma pista que sinalize a ocorrência de uma suposta fatalidade, apontam uma esperança de encontrá-la com vida. “Não perdemos a esperança de encontrar Fernanda com vida. A procura tem sido constante, muitas pessoas relataram ter visto a garota e estamos averiguando todas as denúncias”, conta.
A família de Fernanda aguarda a possibilidade de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal oferecer suporte nas operações de busca pela garota em regiões de mata fechada. Na última quinta-feira, um zelador, que não era funcionário da escola onde a menina estuda, mas morava em um alojamento no interior do instituto, foi ouvido pela polícia. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social, a polícia ainda não descartou por completo o suposto envolvimento do homem, que foi liberado na noite do mesmo dia.
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