VIDA URBANA
Cresce número de universitários
Quantidade de universitários na Paraíba, passou de 99 mil, em 2009, para 133 mil, em 2011; o crescimento é de 34,34%segundo dados do IBGE.
Publicado em 02/10/2012 às 6:00
Em 2 anos, a Paraíba aumentou em 34,34% o número de estudantes no ensino superior. A quantidade de universitários saltou de 99 mil, em 2009, para 133 mil, em 2011. Com isso, o Estado possui, atualmente, o quarto maior total de alunos em universidades do Nordeste, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatísticas (IBGE).
No Nordeste, a quantidade de universitários da Paraíba é superior à encontrada no Maranhão (128 mil), Rio Grande do Norte (96 mil), Piauí (87 mil) e Alagoas e Sergipe (ambas com 75 mil, cada).
Por outro lado, Bahia ( 359 mil), Ceará (259 mil) e Pernambuco (230 mil) aparecem como as localidades da região com mais alunos que a Paraíba.
Segundo a pesquisa, houve aumento nas matrículas feitas em faculdades particulares, enquanto que essas inscrições foram reduzidas nas universidades públicas. Em 2009, das 99 mil pessoas matriculadas em cursos superiores no Estado, 44 mil frequentavam estabelecimentos públicos de ensino. O percentual era de 44%.
Dois anos depois, o índice apresentou uma queda sutil. Dos 133 mil que estão nessa faixa de escolaridade, 58 mil se encontram matriculados em instituições mantidas com dinheiro do governo, o que corresponde a 43,60% do total de universitários paraibanos.
Por outro lado, os dados do IBGE mostraram que as faculdades particulares permanecem como as principais responsáveis pela formação superior na Paraíba. Segundo a Pnad, a presença de jovens nas salas de aulas particulares aumentou nos últimos dois anos. Em 2009, dos 99 mil universitários paraibanos, 55 mil pagavam pelos estudos. O percentual era de 55,56%.
Em 2011, esse índice subiu para 56,39%. Dos 133 mil estudantes, 75 mil estão nas instituições privadas, enquanto que outros 58 mil estão nas públicas.
Para o economista financeiro Cláudio Rocha, membro do Conselho Regional de Economia da Paraíba (CRE/PB), os números revelam que o poder aquisitivo do paraibano melhorou nos últimos dois anos. Apesar de não existir um estudo específico sobre a mudança de classes sociais ocorridas na Paraíba, ele explica que, no Brasil, houve um aumento no total de pessoas que migraram da classe E para as D e C.
De acordo com o IBGE, pertence à classe E quem recebe menos de dois salários mínimos. Já as pessoas com renda entre dois a seis salários mínimos estão na classe D, enquanto que os indivíduos da classe C ganham entre seis a 15 salários mínimos.
Apesar de reconhecer o crescimento das faculdades privadas, dirigentes de instituições públicas afirmam que o governo federal tem feito investimentos para ampliar a oferta de cursos superiores gratuitos no país. Só o Processo Seletivo Seriado (PSS) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), uma das maiores do Estado, ofertou cerca de 25 mil vagas entre os anos de 2009 e 2012. “Além disso, estamos em programa de expansão e reestruturação do ensino, com a ampliação das instalações físicas, criação de novos cursos e campi e expandindo a universidade por cidades do interior do Estado. Tudo isso facilita o acesso ao ensino superior”, observou o pró-reitor de graduação da UFPB, Valdir Barbosa.
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