VIDA URBANA
CRM interdita hospital estadual no Agreste por falta de médicos
Hospital estadual, único da cidade, não mantém em sua escala médicos todos os dias, comprometendo atendimento à população. Unidade já havia sido vistoriada pelo CRM outras três vezes .
Publicado em 10/08/2011 às 13:06
Da Redação
Com Assessoria CRM
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditou a Unidade Mista de Saúde Frei Damião na cidade de Lagoa de Dentro, no Agreste paraibano. O hospital estadual, o único da cidade, não mantém em sua escala médicos todos os dias, comprometendo o atendimento à população. A unidade já havia sido vistoriada pelo CRM-PB outras três vezes este ano, permanecendo em todas as fiscalizações com os mesmos problemas. A interdição aconteceu na manhã desta quarta-feira (10).
“Hoje pela manhã, quando chegamos à unidade, não havia nenhum médico de plantão. Portanto, orientamos a população a procurar o hospital mais próximo, em Guarabira, que fica a uns 30 km”, destacou o diretor de Fiscalização do CRM-PB, Eurípedes Mendonça. A unidade será interditada a partir da zero hora desta quinta, 11 de agosto.
Além de não contar com médicos diariamente, o hospital não tem laboratório de radiologia, o que impossibilita a realização de exames de Raio-X, e não possui ambulância para remoção de pacientes e transporte do material para a realização de exames de sangue no hospital de Guarabira.
“O hospital também não dispõe de laboratório para a realização de exames de sangue, mas firmou convênio com o hospital de Guarabira para que fossem feitos lá. No entanto, não há ambulância ou outro transporte que possa levar o material. Dessa forma, a única providência tomada para melhorar a situação do hospital, não teve sucesso prático”, afirmou Eurípedes Mendonça.
O diretor de fiscalização ressaltou também que o CRM-PB já havia vistoriado o hospital por outras três vezes, em 4 de maio, 14 de junho e 19 de julho. “Em todas essas oportunidades salientamos que se os problemas não fossem resolvidos, a única solução seria a interdição ética. Infelizmente, observamos que na quarta fiscalização nenhuma providência havia sido tomada”, completou.
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