VIDA URBANA
CRM ouve parentes dos bebês que morreram em maternidade de JP
Nesta sexta-feira (21) o CRM e o Ministério Público da Paraíba vão realizar uma inspeção na maternidade. Três bebês morreram entre os dias 5 e 12 de maio no Instituto Cândida Vargas.
Publicado em 20/05/2010 às 9:06
Natália Xavier
Do Jornal da Paraíba
Os médicos, gestantes e outras pessoas ligadas aos casos dos três bebês que morreram entre os dias 5 e 12 de maio no Instituto Cândida Vargas, em João Pessoa, estão sendo convocados para serem interrogados pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM). Nesta sexta-feira (21) o CRM e o Ministério Público da Paraíba vão realizar uma inspeção na maternidade.
De acordo com o presidente do CRM, João Medeiros, a sindicância corre em segredo de Justiça e o prazo para a conclusão é de 30 dias, contados a partir da última segunda-feira, dia 17.
“Vamos interrogar as partes envolvidas nos três casos e tanto os denunciantes quanto os denunciados já estão sendo convocados e deverão ser ouvidos nos próximos dias”, informou João Medeiros.
Após a conclusão do relatório da sindicância, a câmara de julgamento do Conselho deverá analisar o caso e julgar se há ou não indícios de infração ética.
Só após a análise da câmara de julgamento, caso haja indícios de infração ética, deverá ser aberto um processo contra os profissionais envolvidos.
Nesta sexta o CRM e o promotor de Saúde, Arlan Barbosa, irão realizar uma inspeção na maternidade. “Vamos analisar a estrutura física do hospital e observar se existe necessidade de mais médicos e enfermeiros. Além disto veremos os riscos de infecção hospitalar”, afirmou Arlan Barbosa.
Já com relação ao inquérito policial solicitado pelo promotor de Saúde na semana passada, o gerente-executivo da Polícia Civil Metropolitana, Getúlio Machado, informou que ainda não recebeu a requisição.
Em dois casos, os bebês morreram antes do parto e depois das mães terem ido dias antes à maternidade. No terceiro caso, o bebê morreu logo depois ter nascido.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de João Pessoa, responsável pelo instituto, nos dois primeiros casos, quando as mães procuraram atendimento na maternidade, exames comprovaram que estava tudo bem com os bebês. No terceiro caso, a criança nasceu prematura e não resistiu.
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