Diagnóstico da orla

Os 13 quilômetros (km) de orla marítima e 15 km de orla estuária de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa, que compreendem sete praias em sua extensão, vão passar por diagnóstico ambiental e patrimonial para padronizar o uso e ocupação do espaço da União. O assunto está sendo discutido desde a última segunda-feira em uma oficina realizada no município com o Comitê Gestor do Plano de Gestão Integrada da Orla Marítima de Cabedelo (Projeto Orla) e órgãos públicos relacionados ao tema. O projeto prevê disciplinar na orla marítima a ocupação irregular, atividades náuticas e esportivas, além do comércio e os avanços em área de manguezal, na orla estuária.

De acordo com o presidente do Comitê Gestor do Projeto Orla e secretário do Meio Ambiente de Cabedelo, Walber Farias, o objetivo da oficina é discutir a revisão do plano anterior, que foi feito pela primeira vez há dez anos. “Vamos passar pelo mesmo roteiro feito na praia na primeira versão do plano para elaborar um relatório que esteja dentro das diretrizes do Projeto Orla, confrontando o diagnóstico anterior com o atual. Iremos verificar in loco a situação atual das orlas marítima e estuária, o que melhorou, o que piorou e o que permaneceu do mesmo jeito, para podermos diagnosticar e delinear novas ações de ordenamento”, afirmou.

Segundo Walber Farias, a prefeitura só irá identificar as irregularidades e possíveis correções após as visitas que serão feitas de Intermares até a praia de Miramar e da área portuária até Salinas Ribamar. No entanto, informou que o projeto já teve ações iniciais na praia de Miramar, como drenagem, pavimentação, calçadão e ciclovia, que antes não existiam no local. “Nesta área ainda teremos ações de urbanização, cujo projeto ainda precisa ser aprovado, que inclui a construção de oito ilhas, cada uma com dois quiosques”, frisou.

Por outro lado, algumas ações já foram aprovadas e ressaltadas pelo secretário do Meio Ambiente. “Embora aprovado, estamos aguardando recursos federais para iniciar as obras de construção da Praça do Surfista, que prevê a instalação de seis ilhas, cada uma delas com dois quiosques, ponto de apoio ao surfista, teatro de arena e academia para maioridade, tudo personalizado com os temas surf e tartarugas marinhas”, afirmou ao informar que até o final deste ano está previsto o início da obra.

Conforme Walber Farias, a Organização Não Governamental (ONG) Guajiru – em proteção às tartarugas marinhas, também será beneficiada com o Projeto Orla. “Também teremos a construção da sede da ONG Guajiru, provavelmente onde funcionava o Bar do Surfista, demolido na última sexta-feira. Mas como não temos previsão para isso, resolveremos a situação de forma emergencial, já que a ONG está sem ponto de apoio. Estamos viabilizando a liberação de uma área na orla da praia para a instalação de um escritório container, para que a Guajiru possa continuar desenvolvendo seu trabalho”, destacou.

A discussão sobre a Revisão do Plano de Gestão Integrada da Orla Marítima de Cabedelo está sendo realizada pela Prefeitura Municipal de Cabedelo, juntamente com a Superintendência do Patrimônio da União na Paraíba (SPU-PB) e a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), entre outros órgãos. A zona litorânea de Cabedelo dispõe de sete praias, sendo Intermares, Ponta de Campina, Poço, Camboinha (I, II e III), Formosa, Ponta de Matos e Miramar.