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VIDA URBANA

Distância afeta bairros de João Pessoa

Por ficarem longe do Centro, moradores de Cidade Verde e Paratibe reclamam de dificuldades com postos de saúde e com os ônibus.

Publicado em 03/03/2013 às 8:00

O crescimento de João Pessoa forçou a população a encontrar moradia em bairros cada vez mais longe do Centro. Devido à distância, estes bairros se organizaram como pequenas cidades do interior, é o caso de Paratibe e Cidade Verde, 21 e 15 quilômetros (Km) distante do centro respectivamente. Estes locais conseguiram fortalecer o comércio para saírem da dependência do centro. No entanto, os moradores também reclamam de problemas, como má qualidade no atendimento dos postos de saúde, falta de calçamentos e demora no transporte público.

O pescador Carmelo Silva, que é descendente dos quilombolas que moram em Paratibe há vários anos, se queixou da má qualidade do serviço de saúde prestado pelo Posto de Saúde da Família do bairro. O morador trabalhou durante muitos anos como pedreiro. Os tempos de trabalho pesado lhe renderam dores nas costas, que o fizeram abandonar a construção civil.

Carmelo Silva afirmou que precisa tomar remédio para amenizar as dores que sente. Como os analgésicos são caros, ele necessita das comprimidos que são distribuídos no posto de saúde do bairro. No entanto, o pescador reclama que não consegue os analgésicos e muito menos atendimento médico no posto de Paratibe.

“Quando quero alguma coisa do posto de saúde, eu vou para o Valentina. Lá, que nós aqui de Paratibe recebemos atendimento. Aqui tem posto, mas não funciona direito. Sempre que a gente chega lá nunca tem médico. Eu sinto muita dor nas costas e se eu tivesse mais facilidade na hora de receber os remédios seria bom”, afirmou o pescador.

O descontentamento de Carmelo Silva com as questões relacionadas à saúde em Paratibe é encontrado em outros moradores do bairro. O professor de artes José Messias contou que nem ao menos sabe qual o endereço do posto. Ele também recorre ao hospital do Valentina quando sua família precisa de cuidados médicos.

“Não sabemos nem onde fica o PSF daqui. Quando queremos algum atendimento médico recorremos ao Hospital de Valentina, que é o mais perto de nós. Várias ruas aqui não são calçadas e os ônibus para o centro da cidade demoram muito a passar”, disse o professor de artes.

A demora na circulação de ônibus nos bairro também dificulta a vida da população em relação ao trabalho. O pescador Carmelo Silva contou que acordava muito cedo, quanto trabalhava na construção civil, para poder chegar ao emprego a tempo. Cansado da demora, o pescador deu um jeito.

“Saía cedo para dar tempo. O ônibus aqui sempre demorou muito e, para não me atrasar, eu comprei uma bicicleta. Depois disso nunca mais me atrasei. Ia e voltava do centro pedalando. Agora eu vou pescar meus peixinhos de bicicleta também.”, contou Carmelo.

A dona de casa Fabiana Moreira revelou que o intervalo entre um ônibus e outro chega a ser de 2h em Paratibe atualmente. Como não tem bicicleta, a dona de casa é obrigada a esperar quando vai ao centro de João Pessoa resolver algum problema.

“Além da espera nas paradas de ônibus, ficamos de 45 a 50 minutos dentro dos ônibus até chegar ao centro de João Pessoa”, afirmou Fabiana Moreira.

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Jornal da Paraíba

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