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VIDA URBANA

Estado pede decreto de ilegalidade da greve da PM e dos Bombeiros

Pedido foi formulado no Tribunal de Justiça do Estado na tarde da terça-feira. Tropas da Força Nacional chegam nesta quarta-feira (2) e ficam até o término do movimento.

Publicado em 02/03/2011 às 6:40

Luzia Santos
Jornal da Paraíba

Tropas da Força Nacional de Segurança Pública chegam nesta quarta-feira (2) à Paraíba e ficarão no Estado até o término da greve da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O pedido de envio da Força Nacional foi formulado pelo governador Ricardo Coutinho ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, diante do deflagração da greve por tempo indeterminado. O governo do Estado também formulou o pedido de decretação de ilegalidade da greve ao Tribunal de Justiça Estadual na tarde da terça-feira (1).

O Ministério da Justiça não informou o horário da chegada dos policiais da Força Nacional e nem o quantitativo enviado. Segundo o Ministério, as medidas fazem parte do esquema de segurança, e, o envio da tropa visa a atender às necessidades emergenciais do Estado.

Baseada na Força de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), a Força é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça. Fazem parte do grupo policiais militares e bombeiros de todas as partes do país que passaram por treinamento especial que inclui cursos de controle de distúrbios civis, policiamento ostensivo e gerenciamento de crise.

Em entrevista para imprensa, o governador explicou o pedido da tropa federal. “Ainda não sabemos de forma efetiva qual é a adesão dos policiais ao movimento. Porém, não podíamos correr riscos de deixar a população desassistida. Nossa obrigação é garantir segurança ao povo e é nisso que estamos concentrados no momento”, disse o governador. Acrescentando ainda que além de tomar todas as medidas necessárias para diminuir os riscos que a população tenha pediu a ilegalidade da greve.

Segundo o secretario de Comunicação Institucional, Nonato Bandeira, o pedido de ilegalidade foi realizado na tarde de ontem. Contudo, o secretário garantiu que a greve não atinge todos os batalhões da Polícia Militar. “No interior do Estado, a polícia continua trabalhando e até na Capital a paralisação é setorial”, afirmou. Em relação a segurança dentro do bloco das Muriçocas que sai hoje na Capital, Nonato Bandeira informou que mil homens vão garantir a tranquilidade da folia.

Denúncia de vandalismo

“Grevista que ocupam a Praça João Pessoa estão praticando atos de vandalismo e destruindo o patrimônio histórico-cultural que precisou de R$ 45 mil para ser recuperado no ano passado”, a afirmação é da restauradora Maria da Piedade Farias. Segundo ela, os grevistas que ocupam a praça no Centro da capital estão colocando cartazes, faixas e até bonés nas esculturas do monumento.

Além da descaraterização do monumento, os manifestantes estariam soltado bombas de forte impacto que podem danificar a estrutura datada de 1936 e construída para lembrar a morte do candidato a vice-presidente da República, João Pessoa, assassinado em 1930.

A restauradora que integra a equipe da Coordenação do Patrimônio Cultural de João Pessoa (Copag) se mostra indignada com a ação dos grevistas. “O que estão fazendo é um ato de vandalismo. É revoltante ver todo o esforço de restauração ser destruído por pessoas que deveriam estar preservando o patrimônio público”, afirmou. Para Maria Piedade o momento mais impactante foi ver os manifestantes subindo nas esculturas para colocar as bombas de artifício. “Fiquei horrorizada. A cena foi gravada e já denunciei o caso para os Institutos do Patrimônio Histórico da Paraíba e do Patrimônio Nacional”, revelou.

Leia a reportagem completa no Jornal da Paraíba desta quarta-feira (2)

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