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VIDA URBANA

Estudantes reclamam de ônibus

Universitários denunciam a escassez de veículos que fazem a rota do campus V da Universidade Federal da Paraíba

Publicado em 17/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 19/01/2024 às 15:23

Alunos do campus V da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), localizado no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, estão insatisfeitos com a prestação do serviço de transporte público.

Os universitários denunciam a escassez de veículos que fazem a rota, o que causa uma espera de até mais de uma hora entre um ônibus e outro. Além disso, nem todos os motoristas entram na rua que dá acesso à universidade, segundo a denúncia.

A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) informou que definiu ajustes na operação das linhas de transporte coletivo que passam pelo campus V e que as mudanças estão sendo analisadas e entrarão em funcionamento em breve.

Apenas as linhas 2307 e 3207 (Penha/Rangel), além do 'ligeirinho' I007, fazem a rota que beneficia os alunos do Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR), no campus V, segundo alunos e funcionários.

O estudante do curso de Gastronomia Juarez da Silva Filho, 24 anos, ingressou na universidade no segundo período, que teve início nesta semana. Juarez mora no bairro de Valentina Figueiredo e contou que precisa pegar dois ônibus até a universidade, mas que não consegue integrar (fazer outra viagem sem pagar mais uma passagem) porque o tempo de espera pelo segundo transporte ultrapassa o limite de tempo estabelecido para a integração temporal, que é de 30 minutos depois do desembarque do primeiro ônibus.

“Já passei mais de uma hora esperando o ônibus passar. Isso é constante. Muitas vezes chego atrasado na aula por conta disso.

E outro problema é que os motoristas só entram para a universidade quando algum aluno avisa que vai descer. Os motoristas até perguntam, mas se ninguém avisar, eles passam direto”, declarou.

Já a vice-presidente do Centro Acadêmico (CA) de Gastronomia, Daiane Xavier, que iniciou o curso ainda no primeiro período, no segundo semestre do ano passado, a Semob já foi procurada e informada sobre as queixas dos alunos.

“Fomos à Semob, conversamos com eles, repassamos os problemas e eles ficaram de resolver. Nos disseram que iria melhorar o serviço e fiscalizar o comportamento dos motoristas, mas o problema, a demora continuam”, relatou.

Segundo Daiane Xavier, os alunos dos outros dois cursos ofertados na unidade são mais prejudicados, pois as aulas acontecem nos turnos tarde e noite, que geralmente sofrem ainda mais com a demora.

“Os alunos dos cursos de Tecnologia da Produção Sucroalcooleira e Tecnologia de Alimentos já me contaram que como à noite a demora é ainda maior, chegam a pedir aos professores que os liberem cerca de 10 a 15 minutos antes do término da aula, porque se perder o ônibus daquele horário, só depois de uma hora de espera”, disse.

SEMOB FOI AO CAMPUS

De acordo com o vice-diretor do Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR), no campus V, José Andrade, a Semob já compareceu na universidade. “Eles (Semob) cumprem uma planilha de funcionamento de uso, com base na necessidade da área. Por outro lado, precisamos entender que essa região está sendo ocupada agora e que essas dificuldades são naturais. Acredito que as adequações vão acontecendo com o passar do tempo”, afirmou.

Já o gerente administrativo da unidade, Alexandre Fagundes, disse que quando os motoristas não entram na UFPB, a Semob é acionada e comunicada sobre a falha do serviço. Ele também destacou que dois homens que fazem a segurança privada da universidade, por turno, costumam acompanhar os alunos até a parada de ônibus. “Também fazemos a nossa parte. Para dar maior segurança aos estudantes, embora nunca tenhamos recebido queixas com relação a isso, os seguranças ficam nas paradas de ônibus e só saem de lá quando o último aluno entra no veículo”, ressaltou.

Alexandre acrescentou que desde o final do ano passado a Semob se comprometeu em resolver as demandas. (Colaborou Luzia Santos)

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Jornal da Paraíba

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