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VIDA URBANA

Hospital acusado de negligência

Hospital e Maternidade Dr. Peregrino Filho é acusada de negligência em atendimento a gestante, que resultou em morte de bebê.

Publicado em 02/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 17:45

A última semana de junho deveria ter sido especial para a auxiliar de enfermagem Janaína Fernandes, 34 anos, mas se transformou em pesadelo. Ela acusa o Hospital e Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos, no Sertão paraibano, de negligência no atendimento durante seu trabalho de parto, que teria resultado na morte do filho recém-nascido, pouco mais de um dia após o nascimento, registrado às 6h38 da sexta-feira, dia 27 de junho.

A direção da unidade rebate a acusação e diz que todo o procedimento foi feito corretamente, mas que, mesmo assim, abrirá uma investigação interna para apurar o caso.

Para Janaína, houve demora em realizar o parto, o que pode ter provocado o sofrimento da criança, que nasceu com 3.700kg e 48 cm, com suspeita de infecção generalizada e aspiração de mecônio (líquido fetal), tendo o quadro evoluído para desconforto respiratório. Ela conta que começou a sentir contrações no dia 21, quase uma semana antes do nascimento.

“Eu passei uma semana indo e voltando na maternidade e chegou ao ponto que da última vez foi inútil, já estava sem jeito. Desde a primeira vez que eu fui era o momento de ter recebido assistência, não tenho estrutura física para ter parto normal. Sabia disso por tudo que sofri com o primeiro, que tem 6 anos, e relatei. Eles apelaram demais, e quando resolveram fazer, já passava de seis horas de sofrimento fetal”, disse.

Ela detalhou a peregrinação: “no sábado, dia 21, eu senti dores e fui para o hospital, estava como quase 39 semanas, mas disseram que eu não estava em trabalho de parto, e me mandaram voltar. Em casa comecei a sentir outros sinais, mas tinham me orientado que eu só voltasse quando não aguentasse mais. Na quinta, dia 26, fui de tarde com mais dores. Outro médico disse que eu não estava em trabalho de parto e que eu voltasse no dia 3 de julho, até porque segundo o médico, as enfermarias estavam cheias. Mas no mesmo dia, por volta de meia-noite já não aguentava mais e retornei à maternidade. O médico da vez me disse que o colo do útero estava muito fechado e me colocou na sala de observação.

Depois que eu comecei a tomar a medicação doeu mais, esperei até as 6h. O menino já estava sufocado demais, quando tiraram ele, tinha aspirado líquido fecal e deu infecção generalizada”.

A auxiliar relatou que durante a cirurgia cesariana, o atendimento foi adequado, mas contou que houve negligência também após o nascimento.

“O pediatra disse que só precisava de observação e orientou os profissionais que depois de duas horas o bebê podia voltar para a enfermaria. Quando foi no final da manhã entenderam que era caso de UTI neonatal. Outra burocracia foi a transferência de Patos para Campina. Quem acompanhou foi meu marido. Esperamos até as 22h para colocar esse menino na ‘papelada’. Na Clipsi atenderam muito bem, mas ele não resistiu. O laudo que foi dado disse que foi a Síndrome do Mecônio e insuficiência respiratória”, completou.

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Jornal da Paraíba

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