icon search
icon search
icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

MP denuncia duas médicas na capital

Médicas de duas unidades particulares de saúde são denunciadas pelo Ministério Público, após paciente morrer vítima de um infarto. 

Publicado em 11/09/2012 às 6:00


A suposta omissão de médicos no atendimento a paciente que apresentava quadro de infarto e que veio a falecer levou o Ministério Público da Paraíba (MPPB) a denunciar à Justiça Criminal de João Pessoa duas profissionais da medicina. O MPPB pede a condenação das denunciadas por crime de homicídio culposo (quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligencia ou imperícia), previsto no artigo 121, parágrafos 3º e 4º do Código Penal brasileiro. A denúncia foi oferecida ontem.

Segundo o MPPB, no dia 13 de março 2005, o funcionário público Genival Guedes Belarmino faleceu, aos 45 anos, em virtude de infarto agudo do miocárdio, após percorrer três hospitais na Capital em busca de atendimento médico. A peregrinação do paciente teria iniciado pelo Hospital Santa Paula (referência em cardiologia) onde ele foi encaminhado para a sala de urgência para que fosse submetido a um eletrocardiograma, mas teria sido impedido de fazer o procedimento porque não possuía plano de saúde. O exame só teria sido feito após a família de Genival se comprometer a arcar com todas as despesas.

Ainda segundo o MPPB, apesar de o exame ter acusado início de infarto e de o hospital dispor de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), uma das médicas denunciadas encaminhou o paciente ao Hospital Prontocor (que também é referência em cardiologia).

Contudo, segundo o MPPB, a médica não teria mantido contato com a equipe do Prontocor e a família que teria levado Genival, no próprio carro particular, para o hospital indicado.

No Prontocor, ainda segundo o MPPB, a outra médica plantonista também denunciada não teria chegado a examinar nem a ler o encaminhamento e, embora o hospital também tivesse leitos de UTI, a família foi orientada a levar o paciente para o Hospital Edson Ramalho. O quadro clínico de Genival se agravou e ele faleceu assim que chegou ao hospital público.

Apesar das médicas terem sido absolvidas em agosto de 2011 pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) após terem respondido a processo disciplinar que durou seis anos, o MPPB entendeu que há fortes indícios (inclusive apontados pela própria sindicância do CRM-PB) de que as duas denunciadas praticaram crime de homicídio culposo e, por isso, ofereceu a denúncia à Justiça.

O presidente do CRM-PB, João Medeiros, afirmou que a questão ética julgada pelo conselho de classe já está encerrada. Disse ainda que não houve pedido de recurso da decisão do conselho por parte da família. Ele afirmou que a visão do CRM e do MPPB podem ser diferentes e que é comum familiares de pacientes procurarem várias instâncias para prestar queixa.

Dados do CRM-PB mostram que no primeiro semestre deste ano foram efetuadas 76 denúncias contra médicos no Estado. Negligência e erro médico lideram o ranking, ambos com oito registros.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp