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VIDA URBANA

Pontes e viadutos em JP sem manutenção

Temendo condições precárias de pontes e viadutos da Grande João Pessoa, moradores denunciam riscos da falta de manutenção.

Publicado em 23/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 17:47

Fissuras, rachaduras, estrutura metálica usada como 'guarda-corpos' desgastada e com ferrugem, e ferragens à mostra. Esse é o resultado da falta de manutenção em pontes e viadutos em João Pessoa, a exemplo das estruturas construídas sobre o rio Sanhauá, que ligam a cidade a Bayeux, na Região Metropolitana da capital. A população que transita pelo local teme acidentes e cobra ações para solucionar o problema.

A comerciante Marinalva Moreira, 41 anos, mora na comunidade do Baralho, em Bayeux, e diariamente utiliza a ponte que dá acesso ao bairro do Varadouro, em João Pessoa.

Segundo ela, o descaso com a manutenção da estrutura prejudica a população local, que já perdeu crianças e adultos, que caíram da ponte no rio Sanhauá por conta da ausência de guarda-corpos. “É óbvio que uma ponte nessas condições acaba em acidente. Já vimos crianças morrerem afogadas no rio porque passaram direto pela brecha entre a ponte e a grade.

O mesmo já aconteceu com adultos. Eu mesmo, quando venho pra João Pessoa com meu filho pequeno, passo longe dessa estrutura porque tenho medo que algo aconteça”, declarou.

“Moro aqui há mais de 30 anos e nunca vi realizarem manutenção nessa ponte”, completou Marinalva.

Pedestres e ciclistas se arriscam na travessia, pois, além da estrutura ficar exposta à ação do sol e da chuva por anos, sem os reparos necessários para garantir o bom estado do equipamento, bem como a segurança de quem passa pelo local, o guarda-corpos instalado para protegê-los contra as quedas no rio já é praticamente inexistente.

Um outro morador que não quis se identificar lamentou as condições precárias da ponte. “É triste ver isso se acabar assim, com o tempo. E a situação dessa outra ponte destinada a veículos que também liga as duas cidades não é diferente”, declarou ao se referir ao acesso de João Pessoa a Bayeux, nas imediações da antiga fábrica Matarazzo, no Varadouro.

A situação dos viadutos, passarelas e pontes de João Pessoa já havia sido denunciada pelo JORNAL DA PARAÍBA em matéria publicada no dia 30 de novembro de 2012, quando inspeções feitas por engenheiros do Sindicato Nacional da Arquitetura e Engenharia, seccional Paraíba, (Sinaenco-PB) concluíram que os equipamentos estavam em precárias condições de manutenção e precisavam passar, urgentemente, por reformas, pois, caso os serviços não fossem executados, haveria o risco das estruturas causarem acidentes e até tragédias à população.

Segundo o diretor de Obras do Departamento Estradas de Rodagem do Estado da Paraíba (DER), Hélio Cunha Lima, o órgão está elaborando um projeto de recuperação da ponte que liga as duas cidades, usada por veículos, e que em breve será aberto o processo de licitação para as obras. Sobre a ponte situada no mesmo local, mas destinada a pedestres, Hélio Cunha Lima disse que não era de competência do DER, mas que tinha conhecimento de que o projeto de revitalização da área, elaborado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa, contemplará o acesso.

O secretário de Infraestrutura de João Pessoa, Cássio Andrade, informou que a manutenção da Ponte do Baralho é de responsabilidade do DER. Contudo, ele adiantou que esta ponte será contemplada com uma ação de paisagismo, através do projeto 'Parque Sanhauá', que está em andamento na Secretaria de Planejamento do Município (Seplan).

DNIT

A assessoria de comunicação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes informou que na capital existem duas pontes e quatro viadutos que são de responsabilidade do órgão. Segundo a assessoria, as pontes que ficam sobre o rio Sanhauá não competem ao Departamento, cujas ações estão restritas somente às pontes e aos viadutos que porventura estejam localizados sobre rodovias federais.

Sobre a situação das estruturas da capital monitoradas pelo Dnit, a assessoria informou que o estado das construções é satisfatório e a conservação e funcionalidade estão preservados. Ainda conforme o órgão, a manutenção dessas estruturas é realizada continuamente com trocas de elementos de drenagem, reparação de guarda-corpos e proteção à corrosão.

VIADUTO ELPÍDIO DE ALMEIDA EM CAMPINA GRANDE

Em Campina Grande o Viaduto Elpídio de Almeida, no Centro, deverá passar pela primeira manutenção desde a sua construção, em 2007, segundo informações da diretora técnica da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), Simone Guimarães. Ela contou que será feita uma licitação para avaliar as condições do equipamento e, entre outubro e novembro, a manutenção deverá ser realizada.

De acordo com Simone, o Governo do Estado não recebeu nenhuma reclamação relacionada a falhas na estrutura do viaduto, mas a manutenção é necessária para garantir a segurança dos motoristas e pedestres que utilizam o local. “Nós estamos fazendo um plano de referência para contratar uma equipe técnica especializada, que terá o embasamento de uma outra equipe que fará a vistoria do local. Para isso, deveremos realizar uma licitação”, disse.

Conforme contou, apesar de algumas pessoas sentirem um balanço durante um grande fluxo de veículos, por conta dos estaios (que sustentam as pontas), isso é normal e não oferece nenhum risco.

O secretário de Obras de Campina Grande, André Agra, informou que foram encaminhadas duas solicitações à Suplan, para a realização da manutenção. Já a diretora técnica da Superintendência informou que as solicitações foram recebidas e que até novembro a manutenção poderá ser feita.

O viaduto inaugurado em outubro de 2007 recebeu um investimento de R$ 28,5 milhões do governo estadual e possui 60 metros de altura. O projeto foi desenvolvido com o objetivo de solucionar o congestionamento de tráfego existente na região das Avenidas Canal e Floriano Peixoto, bem como de possibilitar o desenvolvimento urbano da cidade, através da melhoria do fluxo de veículos. (Isabela Alencar)

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Jornal da Paraíba

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