Ricardo nomeia novos diretores temporários para o IEP

Inaê Teles

O Diário Oficial desta sexta-feira (8) trouxe as nomeações do novo diretor e vice-diretores temporários do Instituto de Educação da Paraíba (IEP), que ganhou notoriedade nesta semana após os alunos protestarem pela permanência de Francisca Vanilda no cargo da direção. Os policiais foram acusados de aplicar spray de pimento nos manifestantes e o Governo abriu uma sindicância para apurar o caso.

De acordo com o ato governamental, Maria de Fátima Nóbrega de Sousa será a nova diretora. Já Maria Mércia de Lima Ribeiro e Maria de Lourdes Lucena Bezerra ficam na vice-direção. Elas permanecem no cargo até o novo pleito que está marcado para o mês de novembro.

Ao Paraíba1 Francisca Vanilda confessou que está indecisa sobre sua candidatura na próxima eleição. “Estou decepcionada porque não esperava isto. Os alunos não mereciam isto. Estou magoada e decepcionada com os professores da chapa contrária", lamentou.

Entenda o caso

Em novembro de 2010 ocorreram as eleições para os novos diretores do IEP. Duas chapas foram inscritas e a da situação venceu com 85% dos votos. Os alunos, funcionários e alguns pais participaram do pleito. De acordo com a Comissão das Eleições, nas escolas que funcionam nos três turnos as eleições devem acontecer das 8h às 22h, mas não foi o que ocorreu.

No Instituto, a votação aconteceu das 8h às 20h. Os funcionários do IEP que participaram do pleito, informaram que o horário já tinha sido consenso entre os eleitores. “As duas chapas, os professores e os alunos concordaram com a mudança no horário. Aqui fica perigoso após às 20h”, afirmou uma funcionária.

A chapa da oposição se sentiu prejudicada e entrou com um processo para pedir a invalidade do pleito. A secretaria da Educação levou em consideração o parecer da Comissão das Eleições formada por integrantes da Secretaria da Educação, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Paraíba (Sintep) e da Associação de Professores em Licenciatura Plena (APLP) e designou uma técnica da Secretaria para acompanhar a gestão na escola, até que sejam realizadas novas eleições.

Mas os alunos não concordaram com a decisão e fecharam um das vias da avenida Camilo de Holanda para pedir a permanência da diretora Francisca Vanilda. A polícia foi acionada e equipes do Samu também.