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CULTURA

Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras, morre aos 85 anos

Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro em 1937 e era formada em Jornalismo.

Publicado em 17/12/2022 às 17:41


                                        
                                            Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras, morre aos 85 anos
Nélida Piñon / reprodução g1

A escritora e acadêmica brasileira Nélida Piñon morreu aos 85 anos em Lisboa neste sábado (17). Ocupante da Cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), para qual foi eleita em 27 de julho de 1989, ela foi a primeira mulher a presidir a entidade em 100 anos.

Segundo o atual presidente da ABL, Merval Pereira, ela teve problemas nas vias biliares e passou por uma cirurgia de emergência, mas não resistiu. Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro em 1937 e se formou em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Com mais de 20 livros publicados, suas obras foram traduzidas em mais de 30 países. Entre eles, romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias. Vencedora de dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, colaborou em diversos jornais e revistas literárias e foi correspondente no Brasil da revista "Mundo Nuevo", de Paris.

Seu primeiro romance foi publicado em 1961, "Guia-mapa de Gabriel Arcanjo". Em 1972, lança "A Casa da Paixão", considerado um de seus melhores e mais conhecidos romances, vencedor do Prêmio Mário de Andrade.

Entre os prêmios ganhos, estão o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (primeira vez dado a uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991, e o da APCA e o Prêmio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A República dos Sonhos”.

Nélida foi a quinta ocupante da cadeira 30 da ABL, que tem como patrono Pardal Mallet. Os outros ocupantes que antecederam a escritora foram Pedro Rabelo (fundador), Heráclito Graça, Antônio Austregésilo e Aurélio Buarque de Holanda.

*Com informações do g1

Imagem

Lua Lacerda

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