ECONOMIA
Apenas 9,3% dos empreendedores da PB conseguiram empréstimos na pandemia
Levantamento mostra que 45,2% das empresas interromperam os serviços temporariamente, e 2% fecharam de vez.
Publicado em 01/07/2020 às 15:08 | Atualizado em 01/07/2020 às 17:33
Apenas 9,3% dos empreendedores paraibanos que solicitaram algum tipo de empréstimo junto à instituiçõess bancárias, durante a pandemia da Covid-19, conseguiram retorno. Os dados são resultado da 4ª edição da pesquisa "O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios", realizada pelo Sebrae-PB em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Pelo menos 284 empresários foram entrevistados de maneira online entre os dias 29 de maio e 2 de junho.
Veja aqui a pesquisa completa do Sebrae Paraíba e da fundação FGV
Segundo o Sebrae da Paraíba, 39,7% dos empreendedores entrevistados ainda estão aguardando respostas sobre os empréstimos solicitados e 50,9% não conseguiram a ajuda. Os número da Paraíba são inferiores aos apresentados no Brasil, onde 16,3% conseguiram o crédito, 26,9% estão aguardando uma resposta e 56,8% não conseguiram.
Para Márcia Timótheo, analista técnica do Sebrae Paraíba, um dos maiores impasses para que os pequenos negócios não consigam crédito é o excesso de burocracia. “Recursos existem, mas a dificuldade de acesso ao crédito é grande e pode ser fatal para um expressivo número de pequenos negócios”, afirmou.
Na pesquisa, entre as razões apontadas para os empresários não terem conseguido o crédito é o fato das empresas estarem negativadas no CADIN/Serasa. Pelo menos 39,8% estão com o 'nome sujo', 8,7% estão com o CPF negativado ou com alguma outra restrição, e 4,8% estão com o score baixo. Empresas com pouco tempo de funcionamento correspondem a 4,8% dos entrevistados.
Os valores mais comuns solicitados por empresários às agências de empréstimo foram entre R$ 10.001,00 e R$ 20 mil (com 45,2% dos respondentes que buscaram o crédito) e R$ 5.001,00 e R$ 10 mil (20,8%). Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae, 45,2% das empresas interromperam o funcionamento temporariamente, 48,7% mudaram o funcionamento e 2% fecharam de vez.
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