ECONOMIA
Celular tem índice maior que rádio na PB
Dados do IBGE mostram que em 2011 um total de 83,6% das casas no Estado tinham telefones celulares; número é maior que o quantitativo de rádios.
Publicado em 17/05/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 17:07
A taxa de domicílios paraibanos que apresentaram aparelho celular em 2011 chegou a 83,6% e o índice em relação à telefonia fixa convencional é de somente 17,9%. No Estado, há mais lares com telefone móvel do que rádio (82,2%). Perde apenas para TV (98%) Os números da Paraíba estão acima da região Nordeste (80,2%).
O celular só perde espaço para a TV, que está presente em 98% dos lares do Estado. O curioso é que 52,9% dos paraibanos desempregados tinham celular em 2011 e 47,1% delas não possuíam o aparelho.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2011. Neste ano, 989 mil lares paraibanos apresentaram algum tipo de celular. Já o número de domicílios com aparelho fixo convencional era de apenas 211 mil. A Paraíba ocupa o segundo lugar na região em percentual de residências que têm telefone móvel, perdendo apenas para o Rio Grande do Norte (87,6%).
De 2005 a 2011, cada vez mais os paraibanos foram adquirindo telefone móvel para uso pessoal. Em 2005, 26,2% da população paraibana, de 10 anos ou mais, possuíam telefone móvel para uso pessoal. Em 2008 este índice passou para 45,3% e em 2011 chegou a 63,3%.
O diretor do campus do IFPB, Joabson Nogueira, afirmou que o conceito de comunicação na área da telefonia móvel mudou para a “comunicação pessoal”.
“Estamos nesta febre da comunicação pessoal e o celular é apenas um agente deste processo. Muitos jovens quando se reúnem em um bar, por exemplo, conversam através do celular, mesmo estando um ao lado do outro. Isso é um fenômeno social que ocorre em todo o país”, frisou.
De acordo com Joabson Nogueira, o fato das pessoas sem emprego adquirirem aparelho móvel faz parte deste processo comportamental.
“Elas não têm renda, consequentemente não têm como gastar com ligações no celular. Mas se tornam receptoras de informações”, frisou.
Do ponto de vista econômico, Joabson Nogueira explicou que as pessoas sem ocupação não incrementam o faturamento das operadoras de telefonia móvel, mesmo assim é vantagem para estas empresas terem este segmento da população como cliente.
“As empresas podem encarecer o valor das ligações feitas pelos emissores destas pessoas desempregadas”.
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