ECONOMIA
OAB-PB vai propor ação contra telefonias móveis
Melhorias nos serviços foram cobradas durante audiência com representantes das operadoras.
Publicado em 09/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:47
As queixas contra as operadoras de telefonia móvel dispararam no Procon de João Pessoa e somam, de janeiro a abril, quase a totalidade de atendimentos registrados ao longo de 2013. Diante desta realidade que se arrasta por anos, a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB) reuniu-se ontem em audiência com representantes da Oi, TIM, Claro e Vivo para cobrar melhorias nos serviços.
Segundo o presidente da OAB-PB, Odon Bezerra, a Ordem é legitimada a propor ação civil pública e o encontro de ontem pode significar o pontapé inicial para uma ação contra as operadoras. “Já temos precedentes com ações judiciais. A OAB de Pernambuco entrou com uma ação e foi procedente em primeira instância, sendo mantida pelo TRF da Quinta Região.
Vamos levar tudo o que foi ouvido aqui das empresas para nossa comissão e depois levar à diretoria para saber se a gente vai promover a ação ou não”, afirmou.
Odon Bezerra afirmou que as principais queixas contra as operadoras são: ligação cortando; rede indisponível; ligações incompletas, caindo durante o diálogo; pontos críticos na Grande João Pessoa onde não se consegue sinal; e dificuldade em falar com call center.
“Nós estamos chamando todos para esta audiência porque a Ordem tem uma Comissão de Defesa do Consumidor, eu sou presidente da Comissão Nacional de Defesa do Consumidor e vou começar a fazer estas discussões a partir do meu Estado e depois em nível de Brasil. Buscamos a excelência da qualidade de um serviço que pagamos caro. Vamos buscar soluções em conjunto e ouvir as empresas”, destacou Odon.
Além dos representantes das operadoras Oi, TIM, Claro e Vivo e membros da OAB, estava presente na audiência o secretário municipal de proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP), Helton Renê.
QUEIXAS CONTRA TELEFONIAS JÁ SOMAM 1 MIL
O secretário municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP), Helton Renê, contou que os registros feitos no órgão contra as empresas de telefonia móvel vêm aumentando a cada ano. Em 2012 foram registrados no Procon da capital paraibana 1.022 atendimentos; em 2013 foram cerca de 1.200, sendo 83 processos; e este ano já foram registrados mais de 1.000 queixas e 78 processos contra as empresas de telefonia móvel.
“E olha que já estamos no início do ano. As empresas se preocupam mais com o seu marketing e esquecem de investir no principal, que é a sustentabilidade do serviço oferecido. As queixas de telefonia móvel estão sempre no topo do ranking de atendimento do Procon”, frisou.
Renê frisou que as empresas evoluíram nas soluções apresentadas diante das queixas dos consumidores, mas este desempenho ainda é muito pequeno. “Na verdade, estas reclamações não eram para serem feitas no Procon, mas resolvidas na própria empresa. Então está faltando esta atenção no pós-atendimento, essa fidelização com o cliente. Por isso fomos convocados para esta audiência e estamos aqui como parceiros”, afirmou Helton Renê.
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