ECONOMIA
Troca de operadora cresce 47%
Dados mostram que desde o início da portabilidade no estado, mais de 200.400 pedidos da troca de operadora já foram efetivados.
Publicado em 28/06/2012 às 6:00
A má qualidade dos serviços de telefonia associada à enxurrada de promoções oferecidas pelas operadoras de telefonia elevaram, em menos de seis meses, em 47,78% a taxa de portabilidade da Paraíba. De acordo com a Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), empresa responsável pelo gerenciamento do serviço de portabilidade numérica, os números cresceram de 157,679 mil para 233,028 mil solicitações no Estado.
O dados da ABR Telecom demonstram que, de 1º dezembro de 2008 – quando a portabilidade começou na Paraíba - até o dia 24 deste mês, mais de 200.400 pedidos da troca de operadora foram efetivados.
O professor de Telecomunicações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Joabson Nogueira, explica que o número de telefone, nos dias de hoje, está relacionado à identidade do usuário, por isso a portabilidade ficou tão popular. “Tenho meu número desde 1997, ou seja, ele é como um documento, um RG ou CPF, ele me identifica de certa forma. Então, mesmo que esta ou aquela promoção motivem uma mudança, vou querer levar meu número comigo”, diz.
Para a secretária executiva do Procon Estadual, Klébia Ludgério, as quatro operadoras que atuam na Paraíba (Oi, Tim, Claro e Vivo) deixam a desejar em qualidade do serviço prestado, por isso não há fidelização.
“A telefonia no Estado está em condições questionáveis.
Enquanto as empresas não investirem em qualidade – o que a demanda já exige há tempos – seus clientes continuarão migrando de uma para outra”, comenta.
Klébia acrescenta que buscar exclusivamente pelo preço pode não ser uma boa alternativa. “É preciso avaliar o serviço como um todo, pagar um pouco mais caro pode representar ter um retorno melhor. Embora todas as operadoras apresentem falhas”, afirma.
Joabson concorda e relembra que os celulares são aparelhos multifunções. “Não adianta pagar pouco e não conseguir acessar a internet, por exemplo, ou sequer conseguir telefonar, como acontece em muitos casos. É preciso que o usuário coloque na balança o que é mais importante para ele”.
NO BRASIL
Em maio deste ano, o Brasil acumulou 532,078 mil solicitações de portabilidade e efetivou 449,246 milhões.
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