CONVERSA POLÍTICA
Análise: Quaest mostra tendência de 1º turno em JP; adversários de Cícero acreditam em reação
Apesar do favoritismo, a imprevisibilidade do eleitor não é desconsiderada; a campanha de Cícero, no entanto, deve usar os números a seu favor.
Publicado em 05/10/2024 às 22:56 | Atualizado em 05/10/2024 às 23:25
Os números da pesquisa Quaest, divulgada pela TV Cabo Branco, na noite deste sábado (05), trazem um cenário favorável para o atual prefeito Cícero Lucena (PP), que tem uma boa probabilidade de vencer no primeiro turno.
Os adversários, claro, vão lutar e esperam uma reviravolta. Como os três, Ruy, Marcelo e Cartaxo estão tecnicamente empatados na margem de erro, de acordo com a consulta, para eles, a batalha não está perdida.
Apegam-se às acusações de erro nas pesquisas (Queiroga é o mais ativo nessa tese), ao silêncio e a imprevisibilidade do eleitor, o voto dos indecisos (na espontânea é de 21%), a esperança de um movimento final mais brusco do que o registrado pelas três consultas. Tudo é valido.
Mas, baseando-se na pesquisa estimulada, podemos dizer que a diferença entre Cícero e os adversários ainda é grande e o histórico das últimas consultas mostrou um movimento de queda do candidato do PP numa velocidade pequena, com um crescimento dos adversários também ritmo lento.
Ou, como queiram, mais devagar do que o necessário para uma mudança radical.
Na pesquisa que leva em conta os votos válidos Cícero tem 7% a mais que a soma das intenções dos adversários. Para ocorrer mudanças significativas, os três precisam subir acima da margem de erro e o atual prefeito ter um votação também abaixo do 3% da margem de erro.
Quem crava que é impossível? Os adeptos de São Tomé, nunca.
Porém, os marqueteiros e apoiadores de Cícero precisam, acreditam e devem explorar o resultado para transformá-lo em onda vitoriosa. Faz parte da narrativa baseada nos números de hoje.
E falando nesses números, nos recortes de renda, religião, escolaridade e faixa etária, é possível ver que temos mais perdas e oscilações do que quedas significativas nas intenções de Cícero. Do mesmo jeito, ocorre no crescimento dos adversários.
E é isso que fortalece a ideia de poucas mudanças.
Vejamos os gráficos abaixo.
No recorte de faixa etária, um destaque: Cícero cresce nos mais jovens (8 pontos), mas tem uma queda gigante nos 60+. Da primeira pesquisa para última, perde 20 pontos (uma das poucas mudanças fortes). Porém, é um exceção.
No cenário de escolaridade, oscila para baixo nos que têm até o ensino fundamental; mantém naqueles que têm ensino médio e perde 9 pontos entre os que têm superior (isso da primeira para essa terceira pesquisa).
Entre os que tem maior renda, Cícero perde 11 pontos. Mas, nos que têm menos renda, apenas se mantém ou oscila para baixo.
No recorte de religião, perde nove pontos entre católicos, 11 dos evangélicos e sobe entre os que não têm religião.
Registro
Vale registrar que nesses cenários o único que cresce de maneira mais consolidada em quase todos os recortes é Ruy Carneiro. Mas, como já dissemos, com a velocidade ainda menor do que o necessário para mexer significativamente na trajetória de vitória de Cícero.
Amanhã, no início da noite, esta análise perderá a validade e saberemos o resultado. É aguardar.
Pesquisa
A Quaest, contratada pela TV Cabo Branco, realizou 1.000 entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 04 e 05 de outubro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número PB-06532/2024.
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