CONVERSA POLÍTICA
Lei veta patrocínio público a eventos com violência artística contra a mulher em João Pessoa
Proposta foi apresentada pela vereadora Eliza Virgínia (PP)e sancionada pelo prefeito Cícero Lucena (MDB) nesta terça-feira (2).
Publicado em 03/12/2025 às 13:02 | Atualizado em 03/12/2025 às 13:46

Entrou em vigor uma lei municipal, em João Pessoa, que proíbe o patrocínio e a veiculação, pela administração pública municipal, de shows e eventos culturais que façam apologia à violência contra a mulher ou à pornografia.
A proposta, de autoria da vereadora Eliza Virgínia (PP), foi sancionada pelo prefeito Cícero Lucena (MDB) e publicada no Diário Oficial do Município desta terça-feira (2).
A proposta foi apresentada pela parlamentar após críticas à possível contratação de Os Neiff, para uma apresentação na capital.
De acordo com o texto, a prefeitura está proibida de patrocinar, financiar, apoiar financeiramente ou de qualquer forma de incentivo em a artistas, eventos ou produções cultura, especialmente em instituições de ensino, que contenham mensagens consideradas como “violência artística contra a mulher e pornografia”.
Conteúdos proibidos nas apresentações
A lei define esse tipo de conteúdo como aquele que incentive misoginia, objetificação sexual, submissão feminina ou práticas violentas naturalizadas.
Entre os pontos destacados, estão:
- Letras de música que reforcem estereótipos degradantes ou incentivem a submissão da mulher;
- Expressões artísticas que promovam violência física ou simbólica;
- Conteúdos que utilizem a figura feminina como produto ou incentivo sexual.
Consequências em caso de descumprimento
A norma também estabelece consequências práticas. Caso um artista ou evento financiado pelo município descumpra a regra, além do cancelamento do apoio público, pode haver:
- Suspensão imediata do patrocínio;
- Proibição de firmar novos contratos com o poder público;
- Inclusão em um cadastro de impedidos, pelo prazo de até cinco anos.
Para a autora, a medida busca estabelecer limites claros ao uso de recursos públicos em iniciativas culturais que possam reforçar práticas de violência de gênero.

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