CONVERSA POLÍTICA
Recurso que tenta tirar Padre Egídio da prisão só será analisado depois do Carnaval
O religioso, acusado de comandar esquema de desvio de recursos públicos e privados do Hospital Filantrópico Padre Zé, aguarda a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar recurso do habeas corpus.
Publicado em 12/12/2023 às 20:36
Se não acontecer nada de extraordinário no caso da prisão do Padre Egídio de Carvalho, uma possível liberação (ou não) dele da prisão só deve acontecer depois do Carnaval.
O religioso, acusado de comandar esquema de desvio de recursos públicos e privados do Hospital Filantrópico Padre Zé, aguarda a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar recurso do habeas corpus.
A questão é que a análise só vai acontecer a partir do dia 20 de fevereiro de 2024, de maneira virtual.
No fim de novembro, o ministro Teodoro Silva dos Santos negou o pedido de soltura apresentado pela defesa do Padre Egídio. Sem analisar o mérito, o relator entendeu que a defesa ‘pulou etapas’ ao solicitar o habeas corpus ao STJ antes de o mesmo pedido, solicitado ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), ter sido analisado.
Assim foi feito. Dia 04 de dezembro, o desembargador Ricardo Vital negou no TJPB a soltura do padre e da ex-diretora do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas.
No caso de Jannyne, um dia antes, o ministro Teodoro Santos já analisou o habeas corpus apresentado pela defesa e determinou que a prisão seja mantida.
Ela tentou alcançar o mesmo benefício da outra ex-diretora da entidade, Amanda Duarte, que está à disposição da Justiça em casa, cumprindo medidas cautelares, por ser lactante. Já Jannyne continuará presa no presídio Feminino Júlia Maranhão, em João Pessoa.
Padre Egídio e ex-funcionárias do hospital, Amanda Duarte e Jannyne Dantas, já foram denunciados em dois pelo Ministério Público. Um das acusações é de fraude na compra e locação de um veículo com dinheiro desviado do hospital.
A outra denúncia foi motivada pelo desvio de recursos na compra de monitores hospitalares no período da pandemia. O dinheiro dos equipamentos foram usados para pagar parcela de imóveis, segundo o MPPB.
As defesas dos acusados negam as acusações.
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